A sequência de dois bons episódios de Quantico me faz pensar que talvez seja realmente necessário dar chances para séries que não te conquistam de cara, mesmo quando elas chegam a te irritar profundamente.
Não que eu esteja morrendo de amores por Alex Parrish, ela continua não me descendo, mas a medida que os episódios avançam e os demais personagens vão sendo realmente apresentados, fica mais fácil suportar as caras e bocas da moça.
E dar espaço para os demais personagens significa entender que Miranda e Connor tiveram um caso e que o filho dela poderia ter matado a filha dele. Como manter uma amizade depois de saber algo assim? Devo dizer que foi impossível não criar maior empatia pelos dois depois disso tudo.
O que me faz pensar que vou ficar bem triste quando o filho dela vier a aprontar lá na frente, ainda que eu ache que ele não o fará intencionalmente, mas porque vai se envolver com as pessoas erradas e quando perceber pode ser tarde demais para voltar atrás.
Falando em se envolver com as pessoas erradas: Shelby e Lucifer o pai de Caleb. Primeiro eu nem esperava gostar do Caleb tão rapidamente, mas é impossível não compará-lo com Karev de Grey’s Anatomy: aparentemente um menino mimado e chato, no fundo um garoto sensível se defendendo.
Bom, sabemos agora que Caleb e Shelby foram bem além de uma transa casual e que ela deve ter feito algo bem ruim antes mesmo de resolver sair com o pai dele. Ainda assim não aposto minhas fichas de que a loirinha seja do tipo vilã, apenas alguém que toma decisões erradas.
Assim como Ryan, que não consegue manter as calças levantadas: caso com Alex, caso com Vargas, ajudando Alex, deixando o celular de bobeira ao alcance de Vargas. Espero que ele não demore a perceber a besteira que fez ou essa besteira vai custar a liberdade de Alex.
Alex que ainda não consegui decidir se é uma culpada disfarçando muito bem, ou uma boba que se tornou a perfeita suspeita. Vejo muita gente apostando que ela é culpada e está apenas ganhando tempo, só não sei se os roteiristas conseguem entregar algo como vimos em Homeland, em que a revelação da verdade sobre Brody se encaixava tão perfeitamente com tudo que havíamos visto até ali.
Desviando da Alex a aposta de final de episódio – já perceberam que a gente acaba cada episódio com um suspeito novo que vira novo defensor da Alex no episódio seguinte? – foram as gêmeas.
Bom, se as cenas do passado nos mostraram a forma “radical” como Simon descobriu a verdade sobre elas, o fato de Alex se referir a imagem na tela como “as gêmeas” mostram que em algum momento entre os flashbacks do episódio e o tempo presente todos acabaram descobrindo a verdade sobre elas.
E que o romance dela com Simon não foi muito longe.
Antes ela seria minha minha aposta como terrorista, neste sexto episódio estou sem candidatos viáveis. E vocês?
P.S. Para quem lê inglês vale uma olhada neste artigo aqui falando de porque temos séries que antes seriam canceladas logo em seus primeiros episódios durando tanto tempo: medo de que uma empresa de streaming como Netflix as comprem e tenham mais sucesso? Crise financeira fazendo com que elas apostem mais nas séries que podem ser sucesso ao invés de queimar dinheiro em novos pilotos?