Onde está o Finn quando a gente precisa dele para dar um beijão? Heim? Devo dizer que eu não sabia se eu ria ou chorava quando Cary foi inocentado e, depois, quando eu vi aquele sorrisão da Alicia. Eu só não vi aquele beijão vindo e quando ele veio eu pensei no Finn, não teve jeito.
Mas vamos falar de Cary porque ele realmente mereceu que essa trama terminasse.
Eu xinguei tanto ao longo de cada um dos episódios anteriores desta temporada. Eu pensava o quanto o Cary não merecia estar passando por tudo aquilo, que ele e Alicia mereciam sua firma nova, o sucesso, uma nova vida.
Eu pensava no quanto o Bishop e o Castro estavam sendo filhos da puta e aí lembrava que quem estava sendo, na verdade, eram os produtores, deixando Cary meio de lado e depois lhe dando uma trama tão, mas TÃO, infeliz.
E então recebemos um episódio como Hail Mary. Em que não somente ele brilhou em resignação e depois em contentamento – gente, cadê o Emmy do Matt Czuchry? – como ainda recebeu um pedido de desculpas tão merecido.
Hail Mary é um episódio quase impossível de se falar: cada pedaço quando desconstruído é tão importante quanto o todo. O desespero de Kalinda, que acabou por deixar a vista de Diana a alteração que fez no e-mail nunca recebido pelo policial, a frieza do consultor, que apresentou para Cary e para nós a dureza do que viria – uma coisa é a gente ficar imaginando o quão ruim pode ser, outra é um cara que entende disso ir enumerando os riscos enquanto a hora de se entregar vai chegando.
Se tenho meus senãos com o fato de terem deixado Alicia meio distante, do outro lado não imagino outro caminho – ela no tribunal era ruim, ela sozinha em casa tentando assistir TV, um desserviço.
Temos então um minuto lá, outro cá: Cary e a hora se aproximando, Kalinda vendendo sua alma ao diabo, Alicia não conseguindo se concentrar no discurso, Diana movendo o escritório inteiro para tentar salvar o amigo.
O que vem agora? Espero, torço, imploro para que, apesar de terem executado tão bem tudo até aqui enquanto eu xingava, que Cary tenha somente paz, ainda que a verdade sobre o que Kalinda fez venha a aparecer – e acho que a verdade sobre a armadilha e o fato de uma pessoa não poder ser julgada duas vezes pelo mesmo crime nos garante isso.
É de se esperar, no entanto, que os caminhos da investigadora compliquem mais ainda daqui por diante.
E torço, ainda, para que Alicia pegue seu carro e corra beijar quem deve faz tempo.
Link Permanente
Tá demorando pra sair esse beijo.