Solidão. Infelizmente é isso mesmo: Alicia nunca teve ninguém. Não teve quando era casada com Peter e ele passava mais tempo com as outras que com ela. Não teve quando estava com Will, que sempre esperava por uma atitude dela, incapaz dele mesmo fazer algo. Não teve com Kalinda, o mais perto de uma amiga que já teve. Nem mesmo com Cary.
Quem sabe se as coisas tivessem sido diferentes, Cary não tivesse ficado na mira da polícia, ele e ela tivessem seguido em frente com o escritório deles. Quem sabe assim ela teria alguém com quem ela realmente poderia contar.
Ao invés disso ela fez o que precisava fazer, aguentou tudo que pode em seu casamento, até não poder mais, e cedeu a outro tipo de sedução. Eu e você sabemos que Alicia nunca teve o sonho de uma carreira pública, pelo contrário, mas cedeu a isso como se fosse mais uma coisa que ela tinha de fazer.
Atender as expectativas de quem?
E vocês sabem que eu sempre fui do time do Peter, até que ele pisou na bola bonito após a morte de Will. Faltou ali empatia, faltou compaixão e ali o casamento deles acabou de vez. Porque o que faz um casamento perdurar são tantas coisas, acho que o amor não representa metade delas.
Você cria uma vida com a pessoa, uma rotina, você cria laços de confiança, você acha que ela não vai te deixar afundar, você cria filhos com ela, faz dívidas, compra coisas, conquista coisas. E você tenta fazer com que dar certo porque tem tudo isso e tem o fato de um dia você ter decidido que ia viver com essa pessoa porque acreditou que isso era possível.
Agora, quando a outra pessoa não te enxerga mais, não enxerga o que você sente. Acabou.
Nem mesmo quando você ainda considera a lembrança de um momento sob a chuva como um dos mais felizes momentos em sua vida.
“Zip up your pants, shut your mouth and stop banging the help.” – Alicia Florrick.
Então quando você realmente percebe isso, e foi isso que aquelas fotos significaram para a Alicia – e, enquanto eu elogio os roteiristas por terem retratado tão bem a dificuldade de realmente desistir de uma relação, vejo um monte de gente chamando Alicia de burra -, você se reinventa. De novo.
O problema é que Alicia não é uma pessoa fria ou política, então essa reinvenção de agora, a mulher capaz de engolir o choro e manter a aparência, pode ser ainda mais dolorida e mais solitária.
P.S. Impossível pra mim odiar Prady: olho para ele e vejo Niles, um dos caras mais legais da TV (Fraiser).
P.S. do P.S. Gente, o tanto de química entre Finn e Alicia neste episódio foi… ufa.
P.S. do P.S. do P.S. Falando em química: a filha do Eli e o produtor do filme do dinossauro (eu estou quase chamando ele de Charlie Epps), heim?
P.S. do P.S. do P.S. do P.S. Cary ganha mil pontos por sua atitude de procurar por Bishop. Pena eu não achar que isso diminui seus problemas.
Link Permanente
agora não dá mais mesmo para defender o Peter :/
e olhando a Ramona não consigo ver senão a esposa em outra série, Boss, em que ela era casada com Kelsey Grammer – vejam só o Frasier irmão do Niles – hehehehehhe … olha eu fazendo crossovers de séries mentalmente
esse caso do Cary está tão absurdo e a cada passo fica sem saída feliz que está me dando uma agonia …