Grey’s Anatomy: All I Could Do Was Cry (11×11)

Quando a perda é certa e absolutamente nada do que falarmos pode realmente mudar como a pessoa se sente, bem, o melhor a fazer é realmente dar a pessoa espaço e quem sabe fazer uma prece, mesmo que você não acredite em Deus – acredito de verdade que a energia positiva que você colocará nessa prece fará bem a outra pessoa.

Ao contrário do episódio passado, em que eu quis dar na cara da April, nesse eu pude entender e sentir empatia pelo drama dela e Jackson. Isso porque existiu espaço para a dor sem que isso se tornasse discussão religiosa. E isso porque a mãe de Jackson fez aquilo que a própria mãe de April foi incapaz: acolheu a dor da nora.

Não falou em milagres impossíveis, mas em uma despedida carinhosa. Não forçou a barra no aborto versus fé,não fez pouco do que a nora sentia, ainda que não tivesse falado sequer uma palavra religiosa.

Em momentos como esse é impossível não pensar no mundo hoje e em pessoas reclamando que estamos como estamos pela falta de religião. Não é nada disso, conheceu mais pessoas não praticantes ou ateias que conseguem acolher o próximo do que religiosas – fica a impressão de que essas últimas apenas querem fazer valer o seu ponto de vista e preferem criticar ou dizer que aquilo está acontecendo por castigo. Um horror.

April e Jackson perderam seu filho e nada vai diminuir a dor, mas a April também não precisa considerar seu Deus injusto. A morte faz parte da vida e, bem, simplesmente algumas coisas não tem explicação.

Bom, e com tanto drama que essa história carregava em si, restou aos demais personagens apenas não atrapalhar. Foi bonito ver as tentativas desastradas de Owen de consolar Amelia, continuo na torcida por esses dois.

Amelia que deu uma explicação boa demais de porque ela faz o que ela faz, porque ela se arrisca. Eu não assisti a toda Private Practice, assisti os primeiros dois anos e depois o ano final, mas agora estou querendo recuperar o tempo perdido só para conhecer melhor a caçula do Derek – gente, eu não consigo não pensar que não deve ter sido uma infância fácil ter um irmão perfeitão desse…

Já Meredith apenas precisava de uma babá e eu ri alto da empolgação de Maggie com o assunto: “eu adoro crianças, crianças me adoro, eu cozinho, adoro fazer bolos com as crianças, sentar no chão, contar histórias, adoro crianças, e eles são meus sobrinhos”.

Finalmente, Richard e Catherine. Poxa, eu queria muito que eles pudessem deixar aquela briga para trás, por mais que eles tenham dito o que não se pode esquecer. É que eles simplesmente se amam, poxa!

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P.S. Nossa, fiquei com o coração minúsculo com a história da moça que ficou vagando pelo hospital depois da morte do noivo. 🙁

Escrito por Simone Fernandes

Formada em contabilidade, sempre teve paixão pela palavra escrita, como leitora e escritora. Acabou virando blogueira.

Escreve sobre suas paixões, ainda que algumas venham e vão ao sabor do tempo. As que sempre ficam: cinema, literatura, séries e animais.

1 comentário


  1. Esse episódio foi lindo. A história das velas… fico arrepiada só de lembrar a grade toda cheia no fim. :´)

    Nunca vi PP (acho que vi uns 3 ou 4 episódios, se tanto), mas Amelia me faz ter vontade de ver. Ela é realmente uma personagem fantástica. Não acho que exista química entre ela e Owen, mas nem me incomodo com isso.

    Sobre a Maggie… tem algo fora do tom. Talvez a personagem não seja bem escrita, ou talvez seja pra ser exatamente isso, mas o fato é que ela me incomoda. É muito entrona, muito “pegou o bonde andando e quer sentar na janelinha”. Bah, acho que o problema está comigo. Tenho problemas com gente que faz isso na vida real, por que não teria na ficção?

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