NCIS: We Build, We Fight (12×13)

Gibbs sempre tem seu coração no lugar certo, não é mesmo? E o final desse episódio foi algum tipo de consolo pela partida da Diane dado como oferta de paz pelos roteiristas depois de tanto sofrimento.

Ou melhor, tanta culpa. Foi necessário ouvir Gibbs dizendo o que sentia para Hollis, uma das poucas mulheres em sua vida capaz de entender o lado “fuzileiro” dele. Porque ele precisava que alguém lhe lembrasse que não é culpa dele, se não fosse ele o maluco do Sergei encontraria outra pessoa para se encaixar no seu “coitadismo” – pessoas que buscam vingança como Sergei busca normalmente apenas querem culpa alguém por suas próprias falhas.

Particularmente eu sempre fico admirada com o cuidado com que produtores e roteiristas de NCIS lidam com as questões mais delicadas das forças armadas americanas. Já falaram das dificuldades com relação a suprimentos quando em zonas de guerra nos contando sobre famílias que pagaram do próprio bolso coletes à prova de balas ou sobre as dificuldades que boa parte dos veteranos enfrentam quando retornam para casa.

Sempre respeitosos e com a devida admiração pelos homens e mulheres que dão a vida por seu país, fogem de soluções fáceis e criticam o sistema mantendo o respeito.

E We Build, We Fight tratou de mais um tema espinhoso colocando pingos nos “is”: não faz nem uma década que “não pergunte – não fale” finalmente caiu por terra e é fácil imaginar o quanto tem de gente que não está disposto a aceitar que as coisas mudarem.

Imaginem, então, aceitar um homem abertamente homossexual, que defende a causa, receber uma medalha de honra? Ainda assim não foi o preconceito que levou à morte o oficial que apenas tentava ajudar a um amigo, de novo a ganância, de novo o dinheiro.

Só eu acho esse o motivo mais idiota para matar alguém? Torna tudo tão absurdamente triste, ainda mais quando é alguém realmente bom que morre.

Sorte que a pequena Victoria Elizabeth Palmer apareceu para nos dar algum conforto.

Eu não sei vocês, mas quando eu olhei a imagem final do episódio, aquele quarto de hospital, bem, eu não podia imaginar uma melhor família para esta guria ter nascido!