Sem sombra de dúvida o maior problema de se viver eternamente é o tanto de lembranças que acabamos acumulando das pessoas que partem. Mas eu nunca tinha mais que um minuto no complicado que é se manter com a mesma idade e poder encontrar com alguém que envelheceu normalmente e o que isso poderia causar.
E a primeira vista esse até poderia ser um bom motivo para que Henry se mantivesse longe do museu em que havia conhecido Gloria Carlyle ainda jovem e linda, já com o coração bastante machucado, Assim ele evitaria de revê-la já aos noventa anos, mas ele apenas evitava uma lembrança muito doce e muito triste: lembrar de quando pediu Abigail em casamento, depois de Gloria lhe explicar sobre como o amor nos escapa tão fácil.
E foi como pagando uma dívida que ele investigou o possível assassinato da milionária, que se revelou um suicídio, com aquele jeito todo dele, capaz de irritar qualquer um e quase enlouquecer Jo.
Para tornar o episódio um pouco mais leve tivemos Lucas – quem mais já sabia que a moça era uma repórter? – praticamente roubando um fígado e Abe encarando seus concorrentes de negócio.
Acho que essa é uma das partes que eu mais gosto de Forever: como eles conseguem intercalar coisas importantes e desimportantes sem escorregar no roteiro. Gosto disso e gosto da agora assumida parceria de Jo e Henry.
E vocês perceberam que ele não precisou morrer de novo? Acho isso também muito bom, se não perderia boa parte da graça, mas senti falta dele nos explicando todas as fases de determinada forma de morrer, vocês também?
P.S. Ah, nada hoje em dia é tão elegante quanto o passado, seus vestidos rodados e seus homens em ternos de três peças!