Criminal Minds: Burn (10×02)

Em tempos em que empatia anda em falta no mundo, acreditar que existe de verdade alguém como Penélope Garcia é um tremendo consolo. Ainda que eu não possa dizer que concordo 100% com o que ela fez neste episódio.

Em tempos de tanta solidão acompanhada, saber que existem amizades como a de Garcia e Morgan é motivo para ainda ter fé no ser humano.

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“Não exige o bastante para ser mantido, exige força para deixar partir.” – J.C. Watts

Eu confesso que fui em busca das citações do episódio e acabei esbarrando em comentários do TV.com e, nossa, como as pessoas andam violentas, pouco importa o assunto. Este episódio, por exemplo, atraiu comentários ao estilo “se ele tivesse matado Reid, ela iria quer vê-lo morto”.

Bom, se pouco importa o assunto, imagina quando o assunto é pena de morte.

Agora, o que eu não esperava é que, com um drama pessoal tão intenso como esse – porque Garcia realmente estava sofrendo por aquele cara acabar morto -, eles ainda conseguiram entregar uma trama interessante com relação ao crime que a equipe teve de investigar.

Na verdade, um lado meu até se recente de algo tão intrigante como um homem que resolve usar o Inferno de Dante para inspirar seus crimes, com os quais acreditava estar punindo pais abusivos. Uma daquelas histórias que funcionariam muito bem em um episódio duplo – sem necessidade de encher linguiça.

Mas, sem sombra de dúvida, foi na trama pessoal que o episódio encontrou seu maior acerto. Não só por mostrar as diferentes nuances do que uma morte considerada “merecida” tem para cada pessoa – e não só para Garcia, mas por nos lembrar que Reid só aceita quando tem de atirar em alguém em alguém porque racionaliza estar salvando outras vidas -, mas por não deixar que isso mudasse o rumo “real” das coisas.

Talvez nossa querida maluca demore para superar o que viu, mas eu jamais esperaria algo diferentes dela do que ficar e atender ao último pedido daquele condenado.

“Quanto mais longe você consegue olhar para trás, mais longe no futuro você poderá ver.” – Winston Churchill

P.S. Rossi falando sobre o suposto filho de Garcia e Morgan: sem preço.

P.S. do P.S. O verdadeiro amigo algumas vezes não vai lhe ouvir quando você quer que ouça e nem sempre vai lhe falar o que você quer que ele fale, mas ele vai estar ali para te abraçar quando a coisa parecer insuportável.

P.S. do P.S. do P.S. Para quebrar a tensão: a moça na fila do ônibus dizendo que Garcia tinha se arrumado para ver o namorado. Cena muito necessária nesse episódio.

Escrito por Simone Miletic

Formada em contabilidade, sempre teve paixão pela palavra escrita, como leitora e escritora. Acabou virando blogueira.

Escreve sobre suas paixões, ainda que algumas venham e vão ao sabor do tempo. As que sempre ficam: cinema, literatura, séries e animais.