Castle: Doctor Who, Código DaVinci e um bebê (6×05 a 6×10)

O que realmente magoa é que a sexta temporada de Castle está linda de se ver, bem emocionante e não deve ter ninguém vendo, devido ao horário maravilhoso escolhido pelo AXN – sim, essa reclamação é repetida, e é provável que eu escreva em cada texto sobre a série, além de torcer imensamente que o Netflix compre os direitos de exibição dela para que mais gente possa descobri-la.

Além de nos encher de emoção ao que parece os roteiristas resolveram fazer graça de tudo que podem – sim, Psych já fez isso antes, mas eu não reclamo de novas versões – e foi impossível não enxergar várias referências nos episódios a seguir, o que justificou o título deste texto.

Time Will Tell, por exemplo, foi meio Doctor Who, meio De Volta Para o Futuro e a melhor parte foi que, apesar de ser uma série ainda séria, ainda, foi deixarem em aberto o mistério final com o sumiço do tal protetor vindo do futuro e a história da mancha na carta. Ah, sei, eles explicaram que a dupla do futuro na verdade passou uma temporada no sanatório, mas vamos combinar que qualquer um vindo do futuro que não tomasse o cuidado de ficar calado acabaria no mesmo lugar.

Além do mais, Beckett senadora e com três filhos nem é tão absurdo assim, não é mesmo? Claro, isso depois dela prender muito e muitos bandidos em Nova Iorque, que fique claro. Ah, sim, e com Castle cuidando da criançada, porque vamos concordar que a moça não faz um tipo muito maternal, pelo menos com os pequenos, já que ela talvez lide melhor com a adolescência que o pai da criançada.

E falando de adolescência e jovens adultos: Alexis e Pi. Já disse e repito que não gosto do moço, talvez seja a primeira vez que eu não consiga alcançar o que o povo da produção está querendo, talvez simplesmente eu como mãe com filha tão perto da adolescência simplesmente não consiga admitir que esse tipo de rompimento seja necessário. Vai saber.

Depois de pensar no futuro, uma viagem ao passado. Get a Clue tinha jeitão de Código DaVinci ou Símbolo Perdido de Dan Brown,  ou muito de alguns livros de Steve Berry, que eu adoro.

Como não poderia deixar de ser: outro episódio divertidíssimo e isso principalmente por causa de Castle, que parece disposto a viajar na história, pouco importa o quão louca ela nos pareça. E a empolgação foi tanta que, ao juntarem os tais desenhos, foi impossível que a sempre racional Beckett não acabasse convencida a acreditar também.

E sim, também tivemos crise Alexis/Castle no episódio, mas já que em seguida vem Like Father, Like Daughter eu deixei pra falar aqui de toda essa situação: eu tenho minhas muitas reservas com o Pi e fiquei seriamente incomodada com o discurso de Alexis comparando o que ela está fazendo com o que aconteceu entre Beckett e o pai.

Aí foi impossível não lembrar do incomodo no final da temporada passada com a forma como retrataram Castle, como se fosse culpa dele Beckett ficar insegura sobre o relacionamento ao invés de simplesmente mostrar que, por mais que ela amasse o namorado, ela apenas ficou tentada por uma nova oportunidade de trabalho.

Agora me incomoda a forma como justamente um dos melhores pais da televisão é mostrado como falho, como egoísta. Castle nunca foi maduro, não mesmo, mas ele sempre colocou Alexis em primeiro lugar, incentivou que ela tentasse algo diferente do seguro, de ser a melhor aluna, a menina perfeita.

Sim, ela pode ter ficado chateada porque soube por terceiros sobre o casamento, mas vamos combinar que não foi algo planejado e ela não estava na cidade, além disso eles sempre falaram sobre tudo, então ela podia ter simplesmente falado isso em primeiro lugar.

Então vamos pensar que essa é a tal rebeldia necessária para que os filhos passem a ter vida própria e deixarem de ser sombra de seus pais. Eu entenderia mais do que Castle tendo sido relapso.

O que eu sei, neste momento, é que a reaproximação dos dois neste episódio era mais que necessária, e agora fico na torcida para que eles achem o caminho de arrumar o meu único senão nessa temporada, principalmente lembrando o quão Castle sempre foi um pai sensacional.

Já marido, bem, talvez nem tanto. A Murder Is Forever veio nos lembrar que Castle teve relacionamentos tão tortos que ele simplesmente não sabe como é realmente dividir a vida com alguém. E que isso significa, muitas vezes, ter que tirar da vista algo de que se gosta muito, mas que não agrada ao outro.

Agora o que eu preciso falar, mesmo é: CARA QUE DIAMANTE ENORME!!!!

Mais um episódio excelente com um caso que me lembrou demais os primeiros tempos, em que os dois acabavam se desentendendo em algo e a investigação do dia na verdade servia de paralelo, fazendo com que eles resolvessem isso.

Isso e descobrindo a assassina. Hummm, tá, eu não confiei na moça desde o início…

A gente sabia que 3XK não tinha morrido, não sabia? Pois coube a Disciple trazer o moço de volta num dos mais estranhos casos já vistos: o que você faz quando as duas vítimas de um assassino parecem com sua legista e um de seus policiais? Você simplesmente sabe que #deumerdacapitão!

Se de um lado a gente comemora a ideia de um bom vilão retornar para nos dar novas dores de cabeça, ainda traumatizada por Bones fiquei morrendo de medo desse negócio do cara conseguir, ao copiar Lane e Esposito, sumir com todas as provas relacionadas as mortes que ele causou os roteiristas conseguiram me causar “medinho”.

Então me perdoem se não sou capaz de ser muito racional e falar do episódio, ainda que eu tenha gostado demais dele.

Lembram que eu falei que Beckett não fazia muito o estilo maternal? The Good, The Bad & The Baby nos mostrou bem isso, ainda que ao final ela tenha superado um pouco de seus medos. Além disso, sempre fui da opinião que nasce um bebê, nasce uma mãe. Finalmente, Castle mostrou que ele leva todo o jeito para a coisa.

Well, lembram de eu falando que não tem lógica pintar o moço como não sendo um bom pai, não é mesmo? Quando ele fala da ausência da mãe de Alexis ele concordou comigo.

Além disso, chegamos ao décimo episódio e eu simplesmente adorei todos. Neste aqui bastante ação, cenas fofas, um bebê vestido de peru, Beckett vestida de Pocahontas, Beckett morrendo de medo do Cosmo – por favor, Beckett, use seu direito de veto para este nome para os bebês futuros, beleza? -, o casal trocando fraldas, uma das melhores cenas, e, ao final, a gente descobrindo que o moço que carregou bebê igreja a dentro era um bom moço, afinal.

Sim, eu sabia que o chefe dele estava envolvido, estava na cara dele.

Ah, sim, falei de Alexis perguntando quanto tempo ela passou fora? Sensacional!

P.S. Mais Ryan e Esposito, por favor.

P.S. do P.S. A detetive quebra tudo com medo de um bebê é clichê, eu sei, mas eu amei.

P.S. do P.S. do P.S. Olha, a ideia de fantasias no Dia de Ação de Graças nem é tão horrível.

P.S. do P.S. do P.S. do P.S. E a ideia de diamantes feitos pelo homem iguaizinhos aos da natureza tira um tantinho da beleza, não é mesmo?

P.S. do P.S. do P.S. do P.S. do P.S. Não sei do que gosto mais: eles investigando o passado ou eles com viajantes do futuro.

P.S. do P.S. do P.S. do P.S. do P.S. do P.S. Gente, nunca pensei que Bones pudesse me traumatizar tanto, devia ter abandonado a série na sétima temporada.