A primeira semana da nossa fase de Sessão de Terapia, com roteiros próprios, foi uma grata surpresa. Quatro novos pacientes interessantes, uma nova dinâmica com a participação de Theo no grupo de supervisão e bastante drama com a confirmação de que o filho mais velho do terapeuta está envolvido com drogas.
Inclusive foi impossível não justificar a tal “auto-referência” que Theo encontrou no caso do menino cuja ausência do pai teria levado ao abuso da bebida e a situação do seu filho. Assim como foi impossível não perceber o quanto nosso terapeuta será testado: o aparecimento da viúva de Breno, para lembrá-lo que ele chegou a se sentir culpado pela morte do policial, e o caso do rapaz em dúvida sobre assumir sua homossexualidade, luta que Breno vivia, colocarão a prova sua nova estabilidade dele.
Ainda que com perceptíveis diferenças: Breno enfrentava o próprio preconceito, incutido por anos de abuso por parte de seu pai, enquanto Felipe sabe o que tem de fazer, mas tem medo de perder sua posição e dinheiro. Num primeiro momento é fácil julgar Felipe como egoísta, mas eu acho que ainda teremos novas facetas do personagem.
De cara os dramas que me tocaram foram os de Bianca e Milena, a primeira me passa a perfeita imagem da pessoa que se anulou completamente por alguém e agora não sabe como voltar à vida (e confesso que me identifiquei demais com ela, vendo uma Simone de muitos anos de terapia atrás) e a segunda por sua dificuldade de enxergar o quanto está se afundando por não se permitir sentir dor ou raiva, o que me faz pensar no quanto hoje em dia as pessoas são pressionadas a se virarem sozinhas, a serem sempre felizes, como se sofrer ou ter raiva fossem “coisas feias”.
A curta aparição de Malú também fez bem a série, ninguém melhor que ela para contar a verdade ao Theo sobre Rafael.
Finalmente, a dinâmica do grupo de supervisão. Como eu disse eu gostei muito, até pela imensa participação de Theo, que parece realmente mudado neste sentido – quem não lembra da dificuldade de Dora em arrancar alguma coisa dele? – e pela chegada de Rita. Alguém mais achou que o colega de clínica está um tanto superprotetor com a moça?
Gostaria de ver Theo em uma relação saudável, e vocês?