Bones: The High In The Low (9×20)

Quarta-feira é dia de preguiça. Não, não é que eu não trabalhe, nem acorde mais tarde ou não faça nada, é porque é dia de escrever sobre Bones e atualmente isso me dá preguiça – engraçado que é bem mais fácil escrever sobre séries que ficaram péssimas, como Revenge, do que sobre Bones na atual fase. Tem aquela coisa de  “poxa, eu gostava tanto de você e você mudou tanto assim. Você se perdeu e dói meu coração pelo que poderia ter sido.”

Bones: The High In The Low (9x20)

Aí me dá vontade de fazer que nem eu fiz com House: passei a régua depois de não conseguir escrever um texto decente e chorei sozinha no escuro quando ela acabou daquele jeito que acabou.

Seu eu fosse falar de The high In the Low hoje, por exemplo, eu ia ter de falar da esquizofrenia dos roteiristas, que num episódio deixam a Brennan idiota e no seguinte ela volta ao normal. Mas então o Booth vira idiota. Lembram da forma legal como eles mostravam as diferenças entre os dois e de como eles conseguiam passar por cima disso? Pois então esqueçam. Ou a Brennan trava nas quatro rodas ou é o Booth, aquele cara capaz de achar um jeito de fazer um criminoso pagar por seu crime, que fica intransigente.

Diga-se: Brennan falando que Booth tem a mente fechada foi a cereja do bolo num episódio que até poderia ser bom – acho fascinante a ideia de alguém pesquisar uma forma de usar os benefícios da maconha sem os problemas do vício e adorei terem colocado todo mundo de Jeffersonian para pensar no que fariam caso estivessem na pele do Wendell ou na pele da Cam.

Na verdade para mim o episódio poderia ser só sobre isso e, se eu gostei do fato de encontrarem uma alternativa para o Wendell, tanta coisa podia ser dita, afinal ele é um personagem tão querido e, como o Hodges fez questão de lembrar, ali ele estava no meio de cientistas.

A Cam, por exemplo, poderia ter buscado uma alternativa, passado um dia se sentindo culpada pensando “eu vou ter de despedi-lo” e então dividido com alguém que a ajudasse a pensar, a própria Caroline caberia, ao invés de ter sido “deixa que eu chuto” como foi.

Eu só consigo pensar que, ao final, eu não fiquei feliz o tanto que deveria ter ficado pelo fato da Brennan e o Booth terem ajudado o Wendell.

Escrito por Simone Fernandes

Formada em contabilidade, sempre teve paixão pela palavra escrita, como leitora e escritora. Acabou virando blogueira.

Escreve sobre suas paixões, ainda que algumas venham e vão ao sabor do tempo. As que sempre ficam: cinema, literatura, séries e animais.

4 Comentários


  1. e os fãs de Supernatural que abandonaram a série na 5ª temporada não aguentariam Bones de forma alguma

    está osso mesmo essa bipolaridade sem noção agora do casal, até tu Booth :/

    e achei desnecessário o tratamento feito ao Wendell, não precisavam chegar ao cúmulo de demití-lo para depois conseguirem resolver a situação agradando a todos, o Wendell não merece isso

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  2. Simone, mesmo com todos os problemas apresentado por você sobre este episódio.
    Uma coisa que me chamou a minha atenção nele. A discursão do uso da maconha medicinal na sociedade americana, eu fico perplexa que aqui no nosso país não vemos um assunto tão importante como esse sendo discutido na nossa sociedade, seja na imprensa ou no entretenimento, Por mais que os roteiristas erraram neste episódio eu gostei muito do assunto. Sou a favor de usar a maconha na medicina, mas com pesquisas sobre o assunto. Em relação ao episódio eu não achei que a Cam foi errada sobre a demissão mesmo amando o Wendell. Ela é responsável por uma instituição federal, ela deve seguir as leis federais e ponto. Faltou a ela um tato melhor para lidar com a situação.

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    1. Camila, aqui no Brasil já se fala sobre isso e existem médicos que já praticam o uso da maconha nos tratamentos, o problema é como controlar isso quando existe tanta dificuldade em controlar o tráfico.

      O que eu achei errado na condução da coisa com o Wendell foi a reação imediata da Cam: sim ela tinha essa responsabilidade, mas ela não precisaria fazer isso naquele exato instante, ao final do dia, assim que ele falou. Duas coisas poderiam ter sido feitas ali: primeiro ela dar uma de policial e falar ” se você estivesse me falando isso eu teria que lhe demitir, entende?” e, depois, buscar alternativas junto a Camile e então conversar novamente com ele.

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      1. Simone, o problema que eu vejo sobre o uso da maconha medicinal no Brasil, é que um assunto como esse é debatido apenas com médicos, um assunto tão importante como esse deve ser debatido por toda sociedade. Por exemplo, na minha Universidade é mais comum discutir a liberação da maconha para fim recreativo do que para o uso medicinal do que para o uso medicinal. Um assunto sério como esse só vai ter uma repercussão na mídia quando uma Glória Perez da vida levar este tema para uma novela da Globo . E é muito pouco.

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