NCIS: Double Back (11×13)

Eu confesso que ando com um tanto de preconceito com essas tramas longas que eles “enfiam” em meus seriados procedurais, mas até que essa história toda do Parsa em NCIS não está má. Quer dizer, não estava até resolverem colocar Delilah em uma cadeira de rodas e partir o coração do meu querido McGee. Afff esses roteiristas que parecem não poder ver ninguém feliz!

NCIS: Double Back (11x13)

E com esse panorama de ninguém pode ser feliz e que toda perseguição precisa ser pessoal acabou sobrando pro McGee, qua ainda não tinha perdido ninguém por conta da profissão – apesar de que nem foi por causa dele, mas vocês entenderam o que quis dizer, não é?

A questão é que não existia muita opção aos roteiristas: Gibbs carrega mais fantasmas do que qualquer humano suportaria; Tony tem dois peixes com nome das mulheres que marcaram sua vida, a primeira morta “em combate”, a segunda que partiu sem planos de voltar; e Bishop acabou de chegar, ainda estamos nos acostumando à ela.

Ficou, deste modo, sobre as costas do ex-novato a perda e ele quase não resiste. Primeiro nega, depois corre para o trabalho, em fuga. Foi preciso que a Dra. Cranston e Gibbs mexessem um tanto com ele para que ele se permitisse sentir a dor e, diria eu, a impotência que se sente quando algo assim acontece com alguém de quem se gosta muito.

A aparição da Dra. Craston foi ótima e ainda nos rendeu o pequeno diálogo entre ela e Bishop sobre as moças que sentaram naquela mesma mesa que a nova agente ocupa. Diálogo que funcionou um pouco como uma aceitação de todos desta mudança – acho que agora já podemos considerar que todos os fãs a aceitam, não é mesmo?

O maior mérito desse episódio, então, foi totalmente pessoal: um grande destaque para o sofrimento de McGee, que não poderia ser retratado de melhor forma do que foi, com ele se contendo, com ele se fechando, apenas baixando a guarda ao final, um tempinho depois de Gibbs ter falado para ele que ele podia fazê-lo. E para Gibbs, que mais uma vez mostrou o que o torna um líder tão especial: identificar o quanto falar, o quanto calar, saber como se colocar a disposição, sem parecer um intruso.

E saber como enxergar a verdade: simplesmente sensacional ele entendendo o significado do “eu apenas movo coisas”.

Mais um episódio bem pessoal para a lista de melhores episódios de NCIS. Apenas uma preparação para a perseguição que virá em seguida.

Escrito por Simone Miletic

Formada em contabilidade, sempre teve paixão pela palavra escrita, como leitora e escritora. Acabou virando blogueira.

Escreve sobre suas paixões, ainda que algumas venham e vão ao sabor do tempo. As que sempre ficam: cinema, literatura, séries e animais.

2 Comentários


  1. Muito amor por todos esses personagens. Estou revendo as primeiras temporadas e vejo quanto houve de evolução nas personalidades e no relacionamento deles.
    Simone, mudando de assunto: tem notícias de quando The Mentalist, Hawaii 5-0 e Blue Bloods voltam?

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    1. Chorando no cantinho: perguntei ao pessoal do Discovery e ele não tem intenção nenhuma por enquanto de retornar com as séries, o canal está focado nos tais docudramas que tem feito sucesso na audiência. Tô vendo que ficaremos como Parenthood e isso me dói enormmente!

      Já The Mentalist é uma incógnita. O principal problema é que a Warner é famosa por abandonar séries…

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