Grimm: The Good Soldier (3×11)

Quando algo começa a ser abordado por mais de uma série como tema normalmente significa que se tornou comum. O estupro de mulheres do exército em campos de guerra somente neste ano virou tema de um episódio de The Good Wife e agora de Grimm, e já havia sido abordado por outras séries no passado, porém de maneira mais espaçada e isso é algo que me causa horror e medo, os dois sentimentos ocasionados pela capacidade do ser humano para crueldade.

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Em The Good Wife uma soldado é estuprada por um de seus superiores, aqui uma soldado é estuprada por um grupo de “mercenários” do governo. São homens que normalmente já deixaram o exército, trabalhando para empresas de segurança privadas e seguem para a zona de guerra para dar suporte ao trabalho dos soldados devido sua capacidade e conhecimento. Por estarem se “sacrificando” sem as garantias que o exército oferece aos soldados eles ganham outras vantagens, uma delas seria não serem condenados por crimes ocorridos na zona de guerra.

Quando isso foi pensado a ideia era dar certa liberdade de ação aos contratados sem que eles futuramente enfrentassem a justiça por terem matado um inimigo. No final das contas muitos parecem ter se aproveitado disso para liberar o sadismo que carregavam dentro de si.

Eu li bastante sobre o assunto no passado, já que a descoberta dos crimes realizados nas zonas de guerra virou motivo até de discussão no congresso americano, e talvez por isso não tenha me surpreendido a revelação do porque a garota buscava por “justiça” com as próprias mãos.

Imagino que essa possibilidade também passou pela cabeça dos roteiristas, então tivemos uma virada que garantiu o sucesso do episódio: Frank estava disposta a atormentar os homens que a atacaram, mas foi seu antigo comandante, um coronel que na verdade é um manticora, wesen mestiço que não tem medo da morte.

É fácil então supor que muitos deles se espalham pelas forças armadas, então não foi surpresa descobrir que o pior do grupo que estuprou Frank também o era e a luta dos dois acabou sendo um dos melhores momentos desta temporada.

O coronel acaba morto, mas ele já estava à beira da morte e com seu sacrifício garantiu que o outro pagasse de alguma forma pelo que fez. Justiça poética num episódio excelente.

Sem esquecer que, enquanto Nick e Hank enfrentavam algo quase sobrenatural, Rosalee e Monroe enfrentavam algo muito mais trivial, mas nem por isso menos assustador: um jantar em família. Nossa, muita vontade de bater na irmã da Rosalee com aquele narizinho empinado apontando o que ela achava certo e errado na vida da irmã.

No final das contas, porém, a família parece ter conseguido passar por cima dos problemas do passado. Agora vamos ver se eles passam por cima do fato de Monroe ser um blutbad.

P.S. Bebê da Adalind á caminho e, se nas contrações ele já saiu estourando lâmpadas, imagina no nascimento.

P.S. do P.S. Horror da esposa que prefere que seu marido continue a mentir sobre o que fez. Horror.

Escrito por Simone Fernandes

Formada em contabilidade, sempre teve paixão pela palavra escrita, como leitora e escritora. Acabou virando blogueira.

Escreve sobre suas paixões, ainda que algumas venham e vão ao sabor do tempo. As que sempre ficam: cinema, literatura, séries e animais.

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