Criminal Minds: 200 (9×14)

O problema dos episódios evento é a tamanha expectativas que podemos criar a sua espera. Ficamos esperando aquele desempenho arrebatador, aquele roteiro de nos deixar de queixo caído, além das várias roídas de unha enquanto ele não termina.

Criminal Minds: 200 9x14 s09e14

200 tinha muito material para não decepcionar como episódio marcante: centrado numa personagem para lá de querida, a JJ, com o retorno de outra personagem da qual todos sentem saudades, Prentiss, dirigido por Montegna, roteiro de um autor que já escreveu episódios ótimos da série.

Ainda assim eu não gostei. Por que? Muito provavelmente porque tudo aquilo que nos faz voltar semana a semana para ver a série não estava lá. Nada de fazer um perfil elaborado de um criminoso que desafiasse a todos. Nada de uma virada com a descoberta de um gênio do mal adormecido. Nada de Reid descobrindo algo que ninguém mais consegue ver ou Garcia mostrando porque Hotch um dia a convocou para a equipe.

Ao invés disso um flashback de uma missão de JJ em seu tempo fora da equipe, com o retorno de um dos mocinhos da época como o bandido da vez, que sabia que JJ havia perdido um bebê naquela missão e que ela e Cruz tinha a senha para acesso a um banco de dados com os nomes dos agentes trabalhando fora dos EUA.

O retorno de Prentiss foi justificado, além do motivo sentimental, porque o governo não estava com pressa nenhuma de encontrar JJ e Cruz, mas apenas salvar seus segredos e, acima de tudo, porque ela seria a única a entender o recado que ela enviou ao usar sua senha.

E, ainda que tenha sido exigido algum tipo de trabalho mental da equipe para descobrir se Cruz era mocinho ou bandido e qual teria sido essa tal missão secreta, o foco foi na ação, principalmente em seus minutos finais.

Eu imagino que muita gente tenha gostado do episódio, afinal ele não deixou de ser um evento e não deixou de homenagear personagens queridos, mas eu ainda preferiria algo mais adequado ao que a série é em seu dia a dia.

Agora, eu não posso negar que houve muita coerência quando nos mostraram esse lado negro da vida de JJ fora da equipe, perfeito para nos justificar porque ela voltou tão mais forte e durona, não é mesmo?

“Quando se olha muito para um abismo, ele te encara de volta” – Nietzsche

Perfeita citação para isso, não é verdade?

Agora, como fã, eu preciso dizer que foi ótimo ter Prentiss de volta, vê-los todos ao final comemorando, os momentos um pouquinho, não muito, mais leves quando eles encontravam um atalho, uma saída, o que, ao final, equilibrou bastante as coisas.

 

Escrito por Simone Miletic

Formada em contabilidade, sempre teve paixão pela palavra escrita, como leitora e escritora. Acabou virando blogueira.

Escreve sobre suas paixões, ainda que algumas venham e vão ao sabor do tempo. As que sempre ficam: cinema, literatura, séries e animais.

6 Comentários


  1. entendo o descontentamento …. mas gostei muito do episódio, fiquei aflita para que o povo conseguisse achar a JJ a tempo, fiquei por vezes em dúvida se Cruz era o vilão ou não, chateada por tirarem a Garcia e até o Reid de perto das informações, o flashback que veio dar sentido – a enorme asneira de terem tirado a JJ e a Prentiss de CM – a ausência de JJ na série

    e principalmente gostei pois trouxeram a Strauss de volta em um evento para comemorar o 200 …

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  2. Simone, assim que vi o Tamiroh (é assim que se escreve), lembrei de Castle, e, aí, já viu, né? Tem que ser o vilão. Mas gostei do episódio, sim. Foi direferente, mas centrou nos personagens queridos.

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    1. Coitados desses atores que ficam marcados, né? Principalmente figurantes de séries policiais: apareceu, pronto, matamos a charada.

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