Eu sei, eu sei, demorei horrores. Mas o povo da produção também demora horrores para nos entregar temporadas novas de apenas três episódios. Não, eu ainda não superei que essa temporada de Sherlock já tenha acabado quando eu ainda estava vibrando com o retorno.
Além do que: como tivemos coisas para digerir neste episódio final! Eu ainda estava pensando nas cenas iniciais do episódio, naquele homem que, afff, virou meu estômago do avesso, quando vi Mary sendo uma assassina. Aí eu pensava na história passada dela quando, pufff, Moriarty estava aparecendo em tudo que é tela de Londres. Como a gente se prepara para algo assim, heim?
E com tanta coisa “acontecida”, sou obrigada a ir por partes:
Charles Augustus Magnussen: aquele que por momentos me deu calafrios acabou me decepcionando ao final. Talvez porque eu não goste de grandes mentes que se deixam levar pela própria arrogância, que se julgam tão melhor que os demais que são incapazes de enxergar a possibilidade de estarem errados.
Mary: eu sei que muitos já especulavam que ela teria um passado e que as coisas não seriam tão simples como um grande amor que se conhece no escritório, mas eu não. A normalidade de Mary me era querida e muita adequada já que ela seria obrigada a conviver, e até conduzir, dois homens totalmente fora do padrão e que se colocam em situações fora do padrão.
Apesar de triste com a perda deste aspecto, preciso valorizar o seguinte: uma Mary que sabe invadir e matar pode ser muito útil um dia desses.
O mais importante é terem conduzido direitinho a surpresa e a relutância de John frente aos fatos. É claro que é muito mais fácil para Sherlock entendê-la e perdoá-la do que para John – eu diria que os semelhantes se entendem muito melhor, apesar dos opostos se atraírem.
Sherlock: a cena mais significativa do personagem neste episódio, para mim, é a em que ele leva o tiro. Entre mil cálculos e muito de lógica é a amizade que ele sente por John que o mantém vivo, que lhe traz de volta. Eu achei isso muito bom porque é fácil interpretar que John se importa mais com o amigo que o contrário, mas nada é tão simples assim. Sherlock, justamente por sua imagem de “sociopata” é muito mais dependente dessa inesperada amizade que ele encontrou.
Por isso estava me doendo tanto ele ter que deixar isso de lado e de novo ter de sair de Londres – O que foi isso dele matar Mangnussem? Eu ainda não entendi essa ideia, mesmo sendo totalmente crível que Sherlock faça algo assim- e eu já ia reclamar que eles repetiam o final da segunda temporada quando, pufff, tudo mudou.
Moriarty: porque Moriarty não morreu. Simples assim. No primeiro episódio tivemos toda aquela apresentação sobre porque Sherlock fingiu estar morto, pois esta era a maneira de colocar todos em segurança já que Moriarty estava morto.
Só que ele não estava. O que isso significa? Bom, no mínimo significa o melhor adversário que Sherlock poderia encontrar vai voltar.
O duro é esperar pela volta, não é mesmo?
P.S. Prestaram atenção a lista de fraquezas de Sherlock que Mangnussen visualiza? John era o único para o qual não existia “um arquivo a ser aberto”.
P.S. do P.S. Reuniões da família Holmes são, no mínimo, peculiares.
P.S. do P.S. do P.S.Se Sherlock conseguiu forjar sua morte de forma tão perfeita, por que Moriarty não conseguiria?
P.S. do P.S. do P.S. do P.s. Ainda bem que o interesse em Janine era outro, eu estava achando TÃO doido esse negócio de Sherlock arrumar uma namorada.
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Eu ainda acho que Sherlock está mentindo. Ele SABE que a Mary tentou matá-lo de verdade (ele chega a morrer por alguns minutos, cacilda), mas finge ter perdoado, e tenta convencer o John a perdoar dizendo que não, ela não tentou matá-lo, apenas retardá-lo. Humpf, até parece. Acho que Sherlock tem alguma motivação pra mentir, provavelmente a intenção é proteger o John. Recuso-me a acreditar que ele (Sherlock) realmente perdoou a Mary, que ele continua se iludindo sobre ela.
O Magnussen morre no cânon, e ninguém sabe exatamente quem o mata. Alguns sherlockians especulam que foi o John e, olhando dessa forma, é interessante ver o tiro partindo de Sherlock. Sim, ele é capaz de matar para defender o próprio senso de justiça, e mais ainda para defender John, a quem jurou, no episódio anterior, proteger contra tudo e contra todos. Tem outro aspecto também: John mata por Sherlock logo no primeiro episódio. Em HLV, é um ciclo que se fecha. Tirante tudo isso, tem uma explicação mais simples: ele perdeu, ele foi derrotado pelo Magnussen, e o tiro é um ato de desespero/frustração diante dessa derrota (essa é a versão do Benedict, se não me engano).
Ainda acho que Moriarty está mortíssimo da silva.
No cânon, Sherlock também arruma uma namorada, e a pede em casamento, para se aproximar de Milverton/Magnussen.
A família Holmes é MUITO amor! <3