Depois de um começo acertado, A Teia usa seu segundo episódio para nos contar um tanto da história do assalto ao aeroporto e o passado de Macedo, além de vermos que as coisas não serão tão fáceis assim para Baroni e Celeste, mesmo que eles tenham conseguido passar numa boa pela polícia carregando o ouro.
Conhecemos o passado de Celeste, um dia prostituta, e entendemos que, além do deslumbramento visto no episódio passado, Baroni representa a esperança de uma vida melhor para ela e sua filha, talvez a única chance de mudança. Ao mesmo tempo ela se sente não merecedora dessa nova vida, ou ainda pensa que com ela tudo sempre dá errado, o que explica como ela recebe mal os comentários de Charles, braço direito de Baroni e alguém que me causa muito mais arrepios do que o chefe.
E a descoberta dos tais passaportes enterrados me diz que ela pode ter alguma razão em ter medo de tudo complicar.
Já a investigação de Macedo progrediu mais do que o esperado, e isso graças a ajuda de dois improváveis agentes que agora são sua equipe: Libânio e Taborda. Graças a eles Macedo consegue encontrar uma casa abandonada em que o grupo de assaltantes parece ter se reunido antes do golpe e aonde o “Zé” que não seria deixado para trás, bem, foi. Ou melhor: deixado dentro de um poço.
Não à toa um flashback nos mostra que o Zé do poço é filho do homem que arquitetou o primeiro roubo, um ano antes, e que, algo me diz, tinha alguma dívida com Baroni.
Isso tudo enquanto a imprensa continua na cola dele, com ajuda de alguns policiais que preferem ver o cearense pelas costas, e com tempo para acabar com a graça do novo namorado de sua mãe. Fica cada vez mais claro que Macedo é do tipo correto sempre – lembrando bastante o Capitão Nascimento de Tropa de Elite – e que ele não esquece. Nunca.
A conversa de Macedo com o motorista que fez a denúncia, diga-se, foi um dos melhores momentos do episódio – um passeio do João Miguel.
P.S. Algo me diz que a câmera de Celeste ainda vai ser bem importante nessa história.
P.S. do P.S. O segundo episódio me pareceu errar um tanto no ritmo: o excesso de cortes prejudicou um pouco da narrativa para mim.
P.S. do P.S. do P.S. Tudo por conta dos pixels.