2013: os desapegos, os reencontros, o arrependimento

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Não é a primeira vez em que eu falo de desapegar das séries nem tão boas assim, acho que falei disso nesse ano mesmo ou talvez no final do ano passado – a conexão de internet é péssima e fica difícil pesquisar agora -, mas foi no segundo semestre deste ano em que eu pratiquei isso com mais afinco.

Sem dor na consciência apaguei do HD a segunda temporada de Touch, que esperava a estréia em horário decente na FOX para que eu tirasse as imagens para os posts, mas a que eu não me animei a assistir quando finalmente estreou, e nem foi em um horário tão estranho assim. Junto com ela finalmente liberaram espaço as duas últimas de Glee, várias de The Amazing Race, a primeira e única de Vegas, Magic City e mais uma meia dúzia das quais eu nem sou capaz de lembrar o nome agora.

Tem tanta, mas tanta série hoje em dia e parece que a gente TEM que assistir, afinal a gente pode assistir na TV, a gente pode usar o gravador da operadora de cabo caso não esteja em casa e, se nada disso der certo, você ainda poder baixar os arquivos em um site próximo e pronto: assista quando quiser.

Só que a vida continua lá fora e ainda não ganho para assistir televisão – aceito propostas, viu? – e um dia simplesmente não cabe tudo na agenda. Então precisamos escolher e desapegar garante a sanidade.

Sei, sei: nem sempre é fácil. A gente pensa que vai se arrepender depois, que alguém vai lhe dizer que você perdeu a melhor temporada, o melhor episódio, aquele desempenho brilhante. E ainda tem aqueles personagens de quem a gente gostava tanto, como não saber o que vai acontecer com eles?

O jeito é aplicar um pouco de realismo na vida de viciado em série e, de preferência, use o botão delete junto com o shift, assim você não corre o risco de ir buscar os arquivos na lixeira na semana seguinte.

Eu sei que ainda restarão muitas, eu ainda assisto a mais séries do que seria saudável admitir, mas como tempo os cortes ficam mais fáceis e você nem passa do episódio piloto que não era bom mesmo – fiz isso com Agents Of Shield.

E então chega o segundo passo importante: priorize. Sim, tem aquela série que a gente não aguenta de ansiedade e não dá pra deixar pra depois, tipo The Blacklist, mas tem um monte que você pode acumular e ver depois ou que nem vale ver todos os episódios – faz tempo que Two And A Half Men está nessa categoria. As outras, bem, quem sabe você tropeça quando estiver zapeando sem objetivo claro – apesar de eu duvidar que qualquer episódio de Once Upon A Time consiga me fazer ficar em um canal depois do desastre da segunda temporada.

Se você tiver sorte vai, inclusive, poder voltar a dormir, ler e ver os amigos após o processo.

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Agora, se você não bater bem, tipo loucura não diagnosticada, você resolve preencher o tempo agora livre com maratonas de séries que você já viu. E o NetFlix é o seu lugar num caso como esse.

Eu aproveitei para rever Numb3rs e concluir que ela é uma das poucas séries que não tiveram um episódio ruim sequer, finalmente descobri porque todo mundo falava tão bem de How I Met Your Mother – afinal, ela é legen… wait for it… dary! – e consegui viciar filha e marido em Doctor Who ao reassistir tudinho, desde o primeiro episódio (ainda estou na temporada 5).

Eu sem sombra de dúvida julgo o serviço do NetFlix a melhor relação custo benefício dos dias de hoje e nem venha me dizer que o catálogo só tem velharia porque se você procurar você vai encontrar MUITA coisa boa. Uma dica: baixe o aplicativo UpFlix (para iOS ou para Android). Ele te informa todos os dias as novidades do catálogo e permite pesquisar todo o conteúdo disponível.

Apenas um senão: os especiais de Doctor Who de 2009, ano em que não houve uma temporada propriamente dita, não estão disponíveis no NetFlix, o que pode confundir bastante o fã de primeira viagem, principalmente porque um deles trata da regeneração do Doctor interpretado por David Tennat. Espero que eles corrijam isso logo.

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Só que, com essa coisa de sair fazendo maratonas intermináveis no NetFlix e tentando dar conta de tudo sobre o que escrevo aqui no blog, perdi a segunda temporada de Sessão de Terapia. Perdi o último papel de Cláudio Cavalcanti e todos disseram que ele estava espetacular. Essa ficou para a fila da recuperação. Na torcida para que ela me espere no Muu ou Now por um tempinho ainda.

Escrito por Simone Fernandes

Formada em contabilidade, sempre teve paixão pela palavra escrita, como leitora e escritora. Acabou virando blogueira.

Escreve sobre suas paixões, ainda que algumas venham e vão ao sabor do tempo. As que sempre ficam: cinema, literatura, séries e animais.

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