Com azeite e com afeto

E quando você está com preguiça, sem ideia, sem vontade de encarar a cozinha, mas também não quer algo pronto, industrializado, sem gosto, você faz o que? Eu, mais vezes do que seria saudável confessar, resolvo a questão com um punhado de azeite, uma fatia de pão preto, um pedaço de queijo e um punhado de azeitonas. Simples, salgadinho, confortável.

Azeite faz parte da minha vida desde sempre – o que se espera de alguém com sangue libanês e espanhol? – e em casa ele é usado para cozinhar até mesmo o arroz de todo dia e, também, para temperar, dar charme, dar gosto.

Então é claro que eu adorei quando o pessoal da Azeites Gallo, que já é o azeite oficial aqui de casa, me convidou para conhecer a nova linha especial que estão trazendo para o Brasil e lhes digo: se eu achava que entendia tudo de azeite, bem, precisei aprender mais um pouco e Marcelo Scofano, especialista em azeites, estava lá justamente para me ensinar.

linha de azeites gallo 2014

O jantar aconteceu no restaurante Attimo aqui em São Paulo e os pratos, da entrada a sobremesa, foram feitos especialmente para acentuar as qualidades de cada um dos azeites da linha e proporcionar uma experiência inesquecível para todos os sentidos: o chef Jefferson Rueda levou todos a loucura desde os aperitivos, que incluíram um tomate muqueado de se comer de joelhos, com uma entrada de polenta com tinta e lula e camarões, passando por um bacalhau acompanhado de purê de mandioquinha dos deuses e finalizando com um doce de abóbora cremoso de textura perfeita acompanhado de sorvete de coco com um fio de azeite. Sim. Azeite. Na sobremesa. Um mundo novo se abriu.

Ah, e eu nem falei da manteiga de cacau com azeite e do pão de abóbora com azeite que fizeram companhia às entradas! Quase peço uma marmita pra trazer para casa!

A nova linha da Gallo, trazida para o Brasil justamente na fase em que os brasileiros parecem estar descobrindo as maravilhas que o produto pode fazer por um prato, traz quatro diferentes produtos: Azeite Novo (feito com as azeitonas da primeira colheita, ainda novas, e apresenta um gosto mais picante ao que estamos acostumados), Grande Escolha (elaborado com azeitonas especialmente selecionadas ao longo da safra), Colheita ao Luar (elaborado com azeitonas colhidas a noite por conta do calor que domina a região de plantio no verão, que poderia prejudicar a qualidade das azeitonas, e que ganha um tanto de charme por causa disso) e o Colheita Madura (elaborado apenas com azeitonas já bastante maduras, o que lhe dá um toque mais suave e adocicado).

Em nosso jantar sugestões para melhor apreciar essas diferenças: a entrada com tinta de lula e camarões foi finalizada pelo Grande Escolha, o bacalhau acompanhado do purê e palmito desfiado ganhou uma espuma feita a partir do Colheita Madura, enquanto o Azeite Novo emprestou seu sabor picante à sobremesa num dos casamentos mais inusitados e felizes que eu já vi na cozinha. E sim, já arrisquei em casa o azeite com sorvete de creme e lhe digo: tentem. Agora mesmo!

Além do capricho na elaboração, esses novos azeites ganharam embalagens charmosas, se tornando um presente diferente e que promete ganhar o coração dos apaixonados por gastronomia. Bem, por aqui dois deles já andaram mudando de casa, ao que parece meu pai quer confirmar se são realmente tão bons assim, sabem?

pratos do jantar paixão por azeites

P.S. Sobre a divulgação de testes realizados pelo Inmetro sobre azeites vendidos no Brasil e que não estariam de acordo com as exigências de classificação, assista a este vídeo oficial da Gallo. Lembrando que, ao comprar seu azeite você deve observar as condições de armazenagem ainda no mercado. Temperatura alta e muito luminosidade podem sim alterar as características originais do produto. Além disso, após aberto o azeite deve ser consumido rapidamente, pois a entrada de ar na embalagem também modifica suas características.

P.S. do P.S. Para cozinhar você pode usar o azeite de oliva simples, isso porque o azeite extra virgem perde suas “vantagens” sobre o azeite simples ao ser aquecido, justamente aquilo que o torna mais caro quando comparado ao simples. Aqui em casa, confesso, eu uso o extra virgem também para cozinhar, mas também não cozinho tanto assim que ocasione tanto efeito “financeiro”.

Escrito por Simone Miletic

Formada em contabilidade, sempre teve paixão pela palavra escrita, como leitora e escritora. Acabou virando blogueira.

Escreve sobre suas paixões, ainda que algumas venham e vão ao sabor do tempo. As que sempre ficam: cinema, literatura, séries e animais.

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