Criminal Minds: In The Blood (9×6)

A morte faz parte do ciclo da vida, mas é impossível negar a dificuldade humana de lidar com ela, de lidar não somente com o fim, mas com o “desconhecido” que habita o outro lado. Algumas vezes acho que os “rituais” são tão importantes para que possamos lidar com isso quanto para nos ajudar a celebrar a vida bem vivida, as experiências, o conhecimento, a alegria. Achei tocante que Criminal Minds, sempre tão pesado, tenha escolhido um episódio de Halloween para fazer essa celebração.

Criminal Minds: In The Blood (9x6)

Mitch Albom, disse: “A morte põe um fim a vida, não aos relacionamentos”.

Ao longo de anos de Criminal Minds – e outros seriados que exploram o lado negro da loucura humana – se tem algo que aprendemos é que o gatilho que faz com que uma pessoa deixe a normalidade e seja engolida pelos delírios pode ser qualquer coisa. Algo que não faria diferença alguma para mim, mas que fez toda diferença para a pessoa ao meu lado.

O assassino desta noite, então, poderia apenas ser mais um rapaz com uma história familiar um tanto obscura. No entanto algo ali não funcionou bem – esquizofrenia, talvez – e o passado de sua família voltou para lhe assombrar e ele se viu na missão de “eliminar” qualquer bruxa em seu caminho. Sim, foi impossível não pensar em Letra Escarlate e eu fiquei feliz de que toda a trama não “descambasse” para a comédia involuntária.

Além disso, In The Blood pode concorrer ao prêmio de um dos episódios com o início mais aflitivo na série, e olha que não faltam competidores, mas a moça presa naquelas pedras me deixou muito desconfortável.

Finalmente podemos falar que In The Blood foi um excelente episódio para Reid: desde sua falha tentativa de “mostrar o outro lado de sua personalidade”, até as cenas de pesquisa que garantiram a identificação do assassino, o personagem esteve ótimo em todo o episódio.

P.S. Impossível não ficar com o coração apertado quando Reid coloca a foto de Maeve naquele “altar”.

P.S. do P.S. Impossível não sorrir em seguida quando ele coloca uma foto de Nikola Tesla no mesmo altar.

P.S. do P.S. do P.S. Só eu acho estranho Garcia chamando Hotch de “sir” dentro de seu apartamento no meio da comemoração?

P.S. do P.S. do P.S. do P.S. E só eu que fica derretida com Garcia falando dos pais e da sua gata esquisita que tomava refrigerante?

P.S. do P.S. do P.S. do P.S. do P.S. Um episódio para os fãs guardarem no coração, não é mesmo?

Escrito por Simone Fernandes

Formada em contabilidade, sempre teve paixão pela palavra escrita, como leitora e escritora. Acabou virando blogueira.

Escreve sobre suas paixões, ainda que algumas venham e vão ao sabor do tempo. As que sempre ficam: cinema, literatura, séries e animais.

5 Comentários


  1. Hotch homenageou a mulher, Morgan foi o pai, JJ não foi diferente e lembrou da irmã, Reid como vc mesma comentou lembrou a Maeve, Garcia com toda a sua graça fez menção aos pais e a gatinha …. mas o Rossi me decepcionou pois eu esperava que ele fosse lembrar da esposa que apareceu e que tinha pouco tempo de vida ou melhor ainda que ele lembrasse da Strauss …. não entendi mesmo esta falha

    Responder

    1. Eu acho que simplesmente ia ser ex-esposa demais: se eu me lembro direito ele foi casado 5 vezes e dessas pelo menos duas morreram. E ainda tem a Strauss. De repente quiseram evitar de uma ser mais importante que a outra?

      Responder

  2. Também pensei que Rossi fosse escolher uma das mulheres ou, quem sabe, a que o procurou para morrer e a Strauss. Esse episódio me comoveu particularmente porque homenageava os mortos e eu perdi meu pai há pouco tempo.

    Responder

  3. Si, acho que o Rossi foi casado 3 vezes e aí teve a Strauss. Me lembro de um episódio na 8ªtemporada que uma mulher em um bar passa uma cantada nele e aí quando a JJ chega perto e pergunta o que estava acontecendo ele responde que a moça queria ser a 4ªsenhora Rossi. Acho que foi isso.

    Responder

Deixe uma resposta