The Day Of Doctor

Levante a mão se você passou o final de semana como eu num looping infinito de Doctor WhoThe Day Of Doctor, Doctor Who Explained e An Adventure In Space And Time – no canal BBC HD!

No meu caso para loucura do marido, mas fazendo com que a série ganhasse uma empolgada fã de 10 anos de idade que pode não entender todas as legendas, mas não resistiu ao charme da série.

Eu descobri Doctor Who já em sua fase moderna, sendo apresentada ao personagem por Eccleston e sendo finalmente fisgada por Tennant. Não, eu não diria que sou uma whovian, ainda tenho muito a aprender sobre a série e preciso assistir às temporadas de sua primeira fase, mas com certeza sou uma apaixonada pelo universo de um homem (um alienígena, eu sei) que pode viajar para qualquer lugar em qualquer época, sempre acompanhado dos mais divertidos e encantadores personagens.

Entre os vários vilões enfrentados, alguns realmente toscos não escondendo ser de borracha ou com cara de ferro velho, já tive meus pesadelos com os Anjos Lamentadores. E já quis estar no lugar de Rose Tyler ou ter os cabelos de Amy Pond ou as respostas rápidas de Clara Oswald.

Foi com tudo isso no coração que eu ansiava a oportunidade de assistir ao especial no cinema.

Mas como eu não tenho uma TARDIS para chamar de minha e que me permitiria estar lá e ainda com a minha pequena nova fã convalecente, pedi a querida Clara, do Teleséries que tomasse meu lugar na experiência de dividir com outros fãs apaixonados essa experiência única.

Então, agora, embarque nessa viagem comigo, leia como foi para ela, o que ela mais gostou e me permita sentir um tantinho de inveja de não ter sentido toda a energia que dominava o cinema.

Doctor-Who-50th

Quando aceitei ao convite para assistir ao episódio especial de Doctor Who, o tal The Day Of The Doctor, sabia apenas de uma coisa: a minha noite seria FANTÁSTICA!

Sobre a série havia muito pouco na bagagem, mesmo assim, a expectativa era alta, principalmente porque se tratava de um episódio especial (em 3D) de 50 anos do seriado. Tinha certeza que o Steven Moffatt não decepcionaria ninguém. Nem os jovens, nem os fãs mais velhos do seriado.

Então, foi assim que entrei na sala deles, ao lado deles, dos whovians, para assistir ao episódio mais esperado do planeta. A experiência de assistir ao episódio no cinema foi única. Não apenas pela tecnologia em 3D, mas pela mágica de compartilhar a energia dos fãs da série, tão pura e verdadeira. Os gritos, palmas, risadas e lágrimas não me incomodaram nem um pouco, pelo contrário, fizeram do ambiente um lugar festivo, assim como toda comemoração deve ser.

The Day of The Doctor, aqui no Brasil transmitido pela BBC HD, começa antes mesmo do episódio iniciar. Nas recomendações em como se comportar no cinema e as brincadeiras do Matt Smith sobre as maravilhas de uma exibição 12 D! Mas quando a história realmente começou, ninguém queria acreditar que em menos de 1h30 ela iria acabar.

A história reúne três Doctos, interpretados por David Tennant, Matt Smith e John Hurt, este último, no papel do Doutor da Guerra. Finalmente é possível ter mais detalhes sobre a famosa Batalha do Tempo e da queda do planeta Gallifrey.

Para falar da batalha, vemos o velho Doutor encarando a difícil decisão de aniquilar com o planeta, para salvar o universo. Mas, antes  que ele “apertasse o grande botão vermelho” da destruição, uma das mais queridas acompanhates, a Rose Tyler (Billie Piper), surge para auxiliá-lo. Na verdade, ela é apenas uma ilusão criada pela máquina, como se fosse a consciência do Doutor em uma batalha contra a sua própria razão.

Só que, dessa vez, ele não enfrenta tudo sozinho: o Décimo e Décimo Primeiro Doutor aparecem como seus acompanhantes. É interessantíssimo ver a interação entre eles que, mesmo tão diferentes, podem ser tão similares.

Mas quem roubou a cena foi a mais nova acompanhante a Clara Oswald (Jenna Coleman). Além de ser um personagem chave na história, ela fez as vias de Doutor e conseguiu mudar o tempo.

E, ao mesmo tempo que a história sobre a Batalha do Tempo está sendo contada, uma batalha em tempo real é travada. Desta vez, os terríveis Zygons, os monstrengos introduzidos na série em 1975, aparecem para destruir a Terra.

Para vencer a terrível batalha em Gallifrey, era preciso deter os aliens vermelhos no presente. Então, a dupla de doutores mais jovens usam o screwdriver para fazer com que o Zygons e os humanos discutissem uma maneira de acabar com a guerra de forma diplomática. Nesse meio tempo, o velho doutor analisava as suas opções: destruir ou não Gallifrey.

É aí que a Clara salva o dia. Lembrando o quão dolorosas as lembranças que esse fardo, o de matar todos os habitantes do planeta, traria para as próximas gerações dos Senhores do Tempo. E como alternativa, eles resolvem preservar Gallifrey e convocam todos os Doutores para congelar o planeta em uma pintura.

O plano deu certo, mas, até o final, ninguém sabia se congelar Gallifrey salvou o planeta ou se congelar significou a aniquilação deste.

Há muitas referências durante o episódio aos enredos anteriores e aos 11 doutores da série. Eu só percebia isso por causa da reação dos fãs a cada nome, voz ou detalhe destacado na tela. O que aguçou ainda mais o meu desejo de assistir aos episódios das primeiras temporadas de Doctor Who.

Então, quando você pensa que a história é sobre o fim, você percebe que na verdade, tudo aquilo é um fantástico recomeço.

Gallifrey falls no more!

Escrito por Simone Miletic

Formada em contabilidade, sempre teve paixão pela palavra escrita, como leitora e escritora. Acabou virando blogueira.

Escreve sobre suas paixões, ainda que algumas venham e vão ao sabor do tempo. As que sempre ficam: cinema, literatura, séries e animais.

5 Comentários


  1. Tive um overdose de Doctor Who este final de semana. E realmente foi emocionante assistir os 3 juntos. Eu também só comecei a assistir agora na BBC, porque qdo a Cultura transmitiu era difícil assistir dublado. Onde foi essa sessão de cinema em 3D?

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    1. Aqui em São Paulo houveram sessões no Villa Lobos e no Santa Cruz.

      Eu comecei assistindo dublado, depois vi no Netflix, só então no BBC HD. Mas acho que vou retomar o dublado com a filha agora.

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  2. eu amei e entrei em looping com a BBC HD exibindo Doctor Who !!!

    estava super curiosa em como seria a participação de Billie Piper e o Moffat não decepcionou, pensei que fosse a Rosie mas não era e sim a Bad Wolf encarnando a consciência da máquina destruidora de galáxias
    pena mesmo o Eccleston não ter aceito voltar mas o John Hurt não deixou a peteca cair e foi até melhor pois na cena em que ele se encontra com o Matt e o Tennant e diz que “Ele está numa crise de meia-idade?” foi exatamente aí que entendi do Moffat ter escolhido o Capaldi como o novo Doctor que alias eu vibrei quando o conselho de Gallifrey diz “todos os 12 Doutores” e o Capaldi “todos os 13”

    ai fui para a galera \o/

    foi emocionante o final ver todos os doctors reunidos e a história foi de um brilhantismo tamanho que eu perdoo a falha da rainha Victoria gostar do doctor pois sabemos que a história é bem diferente e creio eu que isso o Moffat terá que explicar no futuro

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    1. Eu sou louca pela Rosie!!!

      Então, estava comentando com a Naomi: eu fiquei triste do Eccleston ficar de frescura, do outro lado fiquei tão encantada com Hurt que, poxa, deixa pra lá, foi perfeito assim mesmo.

      Então, na verdade está explicado: O Doctor encontra com a Elizabeth (não a vitória) ainda jovem, pede ela em casamento, casa e vai embora, deixando-a eternamente como a rainha virgem. Depois ele vai reencontrá-la lá na frente, quando ela já está velha e carregando todo ódio dela, querendo vingança. Foi quase como largá-la no altar.

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  3. Ser whovian é um estado de espírito!

    No cinema, eu estava entre os que gritavam, apaludiam e riam alucinadamente – e quase chorei em algumas partes. Acho que as lágrimas só não rolaram naquele momento porque, paradoxalmente, estava extasiada demais para isso. Queixo caído, sentada na ponta da cadeira…

    A única coisa que se compara à minha experiência foi ter assistido Star Trek VI na estreia, numa sessão lotada de fãs.

    (E meu, eu daria muita coisa pelo cabelo da Amy!)

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