The Blacklist: Frederick Barnes (1×7)

E quando você termina de assistir a um episódio e, ainda com a cena final na sua cabeça, você parece ver uma luz que muda completamente sua perspectiva sobre tudo que você pensava até aqui? Foi isso que Frederick Barnes fez comigo em The Blacklist.

Red não é o pai de Liz. Com certeza ele tem alguma importante ligação com o passado dela, talvez o pai dela tenha sido um grande amigo, quem sabe ela tenha sido uma grande amiga da filha dele, mas ela não é a filha dele. Essa foi a primeira coisa que a tal luz mudou no que eu pensava.

A segunda se refere ao próprio Red em si: ele é um homem que realmente não tem nada, como a Liz adora jogar na cara dele, mas porque isso foi tirado dele. Até aqui fomos conduzidos a considerar Red “o” bandido. Aquele que vende soluções pelo melhor preço sem fazer qualquer julgamento moral. E hoje ele pode até ser isso mesmo, mas não foi assim que tudo começou.

Alguém tirou de Red a única coisa que era importante e foi naquela casa que agora ele explodiu, depois de pagar uma fortuna por ela. E o que era importante está no sorriso daquela menina que ele reviu em sua mente brincando com bolas de sabão. E que, se meus olhos e minha mentem não estiverem mentindo para mim, é a mesma menina da foto que ele tirou do álbum do Sopeiro logo após jogar o assassino no ácido.

O que eu sei é que com isso minha cabeça começou a fervilhar e eu simplesmente não vou sossegar até saber a verdade.

****

Frederick Barnes merecia mais que um episódio. Primeiro porque eu amo Sean Leonard de paixão, segundo porque ele não era simplesmente mais um bandido, ele era um gênio. Tanto que eu xinguei um pouco quando a Liz atirou nele. Tanto que eu xinguei muito quando ele não conseguiu aplicar o remédio em seu filho.

A vida não é justa e muitas vezes é cruel, não é verdade? Principalmente quando ela afeta as pessoas que amamos. Algo me diz que Liz ainda terá novas lições sobre isso, assim como hoje ela teve lições sobre não recuar mesmo quando uma pessoa estiver na linha de tiro. Ela aprendeu que sim, mesmo triste, algumas vezes precisamos ter a coragem e o sangue frio para fazer escolhas difíceis.

Trilha Sonora

Out Like a Lion com Whitehorse

I Awake com Sarah Blasko

Symphony No. 3, Op. 36, “Symfonia piesni zalosnych” (Symphony of Sorrowful Songs): I. Lento – Sostenuto tranquillo ma cantabile com Zofia Kilanowicz, Antoni Wit & Polish National Radio Symphony Orchestra