Elementary: We Are Everyone (2×3)

Quem viu um tanto de vida real neste episódio de Elementary não foi à toa, não é mesmo? Impossível não pensar no bafafá que anda rolando nesse admirável mundo novo de segredos que nunca são guardados o suficiente e de pessoas que tem ao alcance de seus dedos os poderes para derrubar um governo, ou a energia elétrica de uma casa.

Elementary: We Are Everyone (2x3)

Só que, confesso, o que eu gostei mesmo, foi da prateleira-aro-de-bicicleta que o Holmes criou para usar em sua lareira depois que o pessoal hacker ficou meio bravo com ele e Watson e resolveu lhes dar uma lição e daquele homem enterrado, de forma bastante literal, em páginas e páginas da história de Nova Iorque – se você também ficou com vontade de passar horas naquela sala, bem, eu posso lhe dizer que você não está louco sozinho.

Mas não dá para falar só disso com um episódio tão redondinho como esse: contratados para encontrar um homem que sabe segredos importantes e louco para revelá-los, Holmes e Watson se viram enfrentando um grupo de cyberativistas muito apaixonados por sua causa.

O que eu achei legal é que os roteiristas não se deixaram levar pelo “politicamente correto” de hoje em dia que cria heróis momentâneos a todo instante e demoniza governos e empresas. Não é porque governos guardam segredos que eles são bandidos, não é porque alguém se dispõe a revelá-los que é santo. O tal ídolo dos hackers não hesitou em matar uma mulher e não hesitaria em colocar em risco pessoas inocentes apenas para garantir suas liberdade. Não existem pessoas meio éticas, então acho que o mocinho apenas resolveu contar o que sabia movido pelo não tom bom, mas bem velho, egoísmo.

O problema é que, até todo mundo entender isso, os tais cyberativistas deram muito trabalho para Holmes e Watson, que se não chegaram a ter de resolver tudo sem tecnologia nenhuma, tiveram seu tanto de dor de cabeça. Mais Watson, que acabou tendo seu recente perfil numa rede de relacionamento invadido e seu endereço divulgado – e Holmes achou isso perfeitamente normal, afinal na cabeça dele é isso que você consegue ao querer se conectar a outras pessoas.

Falando em conexão: ao que parece nossos roteiristas não vão deixar Moriarty de lado assim tão fácil, meus senhores e minhas senhoras. Todos nós que reclamamos do final rápido, até da revelação rápida, da verdadeira identidade de Jamie Moriarty já pode dar seus pulinhos de alegria, porque essa moça vai dar as caras por aqui de novo, oh se vai.

P.S. Fiquei mais assustada que encantada com essa história do moço aparecer na porta de Watson para ver se está tudo bem, viu?

P.S. do P.S. Watson começou a escrever sobre Holmes? Que delícia de referência a Os Arquivos de Sherlock Holmes! Eu tenho esse aqui em capa dura, olha.

P.S. do P.S. do P.S. Clyde ressurge na versão despertador e eu que estou com uma sobrinha apaixonada por sua Tutu que acaba de ganhar ria sozinha.

 

Escrito por Simone Fernandes

Formada em contabilidade, sempre teve paixão pela palavra escrita, como leitora e escritora. Acabou virando blogueira.

Escreve sobre suas paixões, ainda que algumas venham e vão ao sabor do tempo. As que sempre ficam: cinema, literatura, séries e animais.

2 Comentários

Deixe uma resposta