Não, eu nunca fui de consumir cerveja. Sério. Sangue espanhol, sabem como é, quando comecei com bebidas alcoólicas acabei por ficar no vinho mesmo – de preferência tinto.
Mas se tem algo que eu sempre fui é curiosa, então não resisti ao convite do pessoal da Heineken para uma desgutação de cervejas. De brinde (olha o trocadilho): aprender mais sobre o processo de produção das cervejas, graças a “aula” do Denny Ueda, cervejeiro de marca maior, e conhecer um monte de gente interessante.
E no meu caso foi uma aula mesmo: aprender sobre os componentes da cerveja e como cada um influencia no sabor final, aprender sobre como saborear realmente essa bebida – imaginem como eu era novata na coisa ao saberem que, ao ser questionada sobre o sabor da cerveja Heineken do primeiro desafio, eu simplesmente respondi que ela tinha gosto de cerveja – e como combiná-la com os pratos que estava consumindo por lá.
No entanto, a mais grata surpresa pra mim foi que, tchanãn, eu sai gostando de cerveja. Sério. Não estou puxando o saco da marca não, a questão é que, depois que você aprender sobre ela, sobre o porque do amargor, da cor, da leveza, e presta atenção, de verdade, a tudo isso, você pode acabar descobrindo algo que não via antes, sentindo algo que não sentia antes.
Em nossa degustação: a cerveja do dia a dia de todo mundo, a cerveja bock, uma cerveja de trigo e uma cerveja stouth – preta e amarga que eu até hoje só havia usado para fazer comida (um molho com ela e creme de leite vai muito bem com carne). Entre goles e respiradas – sim, isso faz parte do processo de saborear a cerveja – acabei realmente encantada pela cerveja de trigo Edelweiss, austríaca, que também traz cevada em sua constituição. Aprendi que uma cerveja somente de trigo seria praticamente só espuma e que o copo e a forma de servir faz toda a diferença para que seu sabor seja constante o tempo todo.
Só não concordei muito com essa ideia de misturar a cerveja stouth, a mais amarga, com doces: se ela ressalta o doce do chocolate, por exemplo, ele também ressalta, e muito, o amargo da cerveja. Vou dar mais uma chance para ela, agora com carne vermelha.
P.S. Verdade, 90% da cerveja é água, ela não pode fazer tão mal assim. Tô achando que a barriga de cerveja tem mais a ver com os petiscos que acompanham o processo.
P.S. do P.S. A minha querida malzibier é meio rejeitada pelos conhecedores. Isso porque sua cor escura não vem da torração, como nos outros tipos de cerveja escura, mais de um corante caramelo. Ele é usado em tanta quantidade que acaba deixando a cerveja doce.
P.S. do P.S. do P.S. Um consumo saudável de cerveja equivale a duas long necks por dia no caso dos homens e um no caso das mulheres. E NUNCA antes de dirigir.
P.S. do P.S. do P.S. do P.S. O Brasil está na 17ª posição ente os bebedores. Sim, ainda faltam muitos litros.
Ah, sim: alguém aí me ajuda na campanha de que a Heineken me dê essa bicicleta que eles tem no hall de entrada de presente? Eu prometo cuidar direitinho e a Tequila cabe no caixote. Sim, salsicha e cerveja, tudo a ver. 😛