Eu pensei em escrever que não havia gostado deste episódio de Bates Motel. Na verdade esse foi o sentimento que tive enquanto o assistia pela primeira vez. Aí ontem, pegando por acaso uma reprise, mudei parcialmente minha opinião.
Ainda acredito que este tenha sido o episódio mais irregular desta primeira temporada – que já vai chegando ao fim, como outras boas surpresas do ano que tiveram temporadas curtas – em seu ritmo e, talvez, por ter sido mais “explícito” que os anteriores, em que o suspense velado imperava.
E ele foi mais explícito em vários sentidos: a loucura de Norma apareceu mais quando ela se sentiu encurralada – primeiro pela construção da estrada longe de seu motel, depois ao ter de levar Norman a um psicólogo, finalmente quando tem de enfrentar o estranho visitante e acaba com Shelby em sua cama, de uma forma bem desagradável.
Depois temos a loucura de Norman: a constatação de que Bradley não quer nada com ele e a morte de sua cachorra parecem ter enfraquecido a tênue linha que mantém esta loucura escondida. Aprendemos que Norman tem episódios de loucura que ele esquece depois, a partir daqui tenho a sensação de que ele começa a ter consciência do que significam seus pensamentos e não está tão assustado quanto deveria com eles.
Finalmente, mas não menos importante, a nítida impressão de que as coisas não vão acabar bem para Dylan. Pensem comigo: o cara está há 23 anos trabalhando ali e não foi promovido, ao invés disse foi colocado trabalhando para Dylan, o iniciante. E Dylan faz o que? Dá ouvidos ao cara e coloca o carinha do violão para fora do carro. Algo me diz que esse é o começo da confusão para ele.
P.S. É Norma, não adiantou nada caprichar na sedução, o xerife Romero parece estar acima de seus encantos.
P.S. do P.S. O moço do apartamento 9 deve continuar sua vingança, o que deve piorar mais ainda a falsa impressão de estabilidade de Norma.
P.S. do P.S. do P.S. Absurdamente tensa a cena de mãe e filho no psicólogo. Ao mesmo tempo foi a mais carregada de sutilezas no episódio, por isso mesmo a minha favorita.
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Simone eu não entendo a Norma ela sabe que o filho tem problema psicológico ela deveria deixar o filho a fazer terapia. Qualquer pessoa racional percebe que Norman está à beira de um colapso psicológico.
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Camila, ela é tão ou mais louca que ele, essa é a questão. Ele tem uma necessidade de controle absurda sobre tudo e ainda mais sobre o menino.