Blogagem Coletiva Great Britain Rocks – Uma foto em Abbey Road

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Este blog é parte da blogagem coletiva Visit Britain “Great Britain Rocks: O som que me faz viajar”. Os posts, baseados em sonhos ou lembranças, mostram a influência da música quando decidimos por a mochila nas costas e explorar lugares. Leia mais viagens musicais no blog da Visit Britain.

Quem não gostaria de tirar uma foto atravessando Abbey Road assim como os Beatles fizeram? Bom, se nem a Turma da Mônica escapou desse desejo eu posso também confessar o meu. Na verdade, confesso o meu enorme desejo, sonho mesmo, de andar pelas ruas de Londres e, numa brincadeira mental, descobrir quantas referências eu consigo encontrar de tudo que eu já ouvi sobre a história da música da cidade.

Porque, se eu precisarei dar uma passadinha na King’s Cross e tirar uma foto em frente a placa 9 3/4 que foi colocada em homenagem a saga de Harry Potter, a influência britânica em minha vida começou muito antes por conta da música – mesmo que só tenha me dado conta do quanto foi significativa quando vários ídolos apareciam ou era citados ao longo da cerimônia de encerramento da Olimpíada de Londres.

E, sim, tudo começou com os Beatles. Minha mãe era uma fã apaixonada e eu passei boa parte da minha infância ouvindo LPs da banda. Depois, já adolescente, meu irmão mais velho fez com que eu me apaixonasse pelo Queen. Mas isso foi só o começo mesmo, graças ao que ele ouvia eu ia descobrindo ídolos atuais e antigos, comprava revistas e escrevia letras das músicas com canetas de mil cores (um tempo em que isso não estava ao alcance de um clique): The Who, Pink Floyd, Black Sabbath, The Clash, Whitesnake, Depeche Mode, Dire Straits, Duran Duran, The Cure etc. vieram em seguida e com suas músicas enchi muitas fitas cassete.

Muitos rocks embalaram o pouquíssima rebeldia adolescente que vivi – hummm, acho que deixei a rebeldia para a música mesmo – e várias baladas marcaram as primeiras vezes em que meu coração foi partido.

Com a maturidade me apaixonei por Eurythmics e suas letras melancólicas, por Elton John e suas roupas espalhafatosas. Veio a enorme paixão pelo Simple Red e, na verdade, o coração continua grande o bastante para novas descobertas, sejam famosas como Muse e Adele ou menos conhecidos como Alexi Murdoch.

Ele também é grande o bastante para um pouco de blues: eu colocava Eric Clapton, mais um britânico, para que minha filha ouvisse ainda na barriga. Sim, eu usava um daqueles fones enormes enquanto ficava deitada no sofá. Também rolava um pouco de Beatles, mas, confesso, o coração da minha pequena de 10 anos foi ganho pelo The Who ainda cedo – quando ela ainda não conseguia falar o nome das músicas que gostaria de ouvir ela repetia, em sua cadeirinha no banco de trás do carro, enquanto balançava a cabeça: “mãe, toca aquela do tun tuntun tunrun tunturuntun tuntun”.

Bom, com tanto material eu acho que nem dá para pensar em só conhecer Londres: eu daria uma esticada até Manchester e Liverpool, ver aonde tudo começou para os Beatles, afinal, foram eles que começaram com toda essa coisa de rock britânico para mim.

 

Escrito por Simone Fernandes

Formada em contabilidade, sempre teve paixão pela palavra escrita, como leitora e escritora. Acabou virando blogueira.

Escreve sobre suas paixões, ainda que algumas venham e vão ao sabor do tempo. As que sempre ficam: cinema, literatura, séries e animais.

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