Bates Motel: Nice Town You Picked, Norma… (1×02)

O segundo episódio de Bates Motel mantém as qualidades do piloto e ainda nos entrega um novo panorama sobre a nova cidade de Norma e Norman – e como o próprio nome deste nos dia, de maneira bastante irônica: que bela cidade eles escolheram!

Além disso, também fomos premiados pela presença do meio-irmão de Norman, que se não padece dos meus problemas do caçula, não é nada saudável – um rapaz que chama a própria mãe de prostituta e ainda fica por perto não é saudável – e já está metido nos negócios escusos dos moradores da cidade. Sim, a aparência é de uma pequena cidade do interior, mas o que sustenta os luxos dos moradores de White Pine tem mais a ver com drogas e mortes do que com qualquer outra coisa e é Zack que nos mostra como todos lidam com essa ideia com a maior naturalidade.

E, se eu fosse Norma, realmente me preocuparia com meu destino em uma cidade em que todo mundo leva a sério a regra do olho por olho, dente por dente.

Ainda mais considerando que ela matou o melhor amigo do xerife Romero, que parece levar a ideia do “olho por olho” de forma ainda mais literal.

Entre o aparecimento de Dylan, o tal meio irmão, e a pressão de Romero, podemos até pensar que Norma não aguentará, mas ela sempre se levanta para continuar, uma sobrevivente – no sentido da palavra que nos faz pensar nas pessoas que matam outras pessoas para se manter vivas, se alimentando delas. Ao que parece o pai de Norman morreu também para isso.

Falando em Norman: sua proximidade com Emma pode reduzir a expectativa de vida da moça? Ela está fascinada por ele e agora pelo tal segredo do caderninho, que revelasse uma apanhado de desenhos sobre as mortes de algumas garotas ocorridas na cidade há muito tempo. Para nos mostrar que Emma também não é das mais saudáveis mentalmente – ela chega a não ter medo algum da estranha reação de Norma ao conhecê-la e fica fascinada por desenhos de assassinatos, façam as contas – o episódios nos mostra ela e Norman procurando pelo tal casebre. E tropeçando numa plantação gigante de maconha. Bom, parte dos negócios escusos da cidade nós já conhecemos.

Apesar de despropositado ver os dois adolescentes correndo, ela carregando seu balão de oxigênio, pela floresta e conseguindo fugir de dois homens armados, esta cena ajuda a criar um vínculo maior entre os dois. O que é preciso para competir com o vínculo de Norman com sua mãe – eu nunca consigo enxergar qual dos dois é pior ali.

P.S. Eu queria ser que nem a Norman: ser acordada no meio da noite e aparecer maravilhosa na porta.

P.S. do P.S. A questão entre Norman e Ramires parece ter apenas um desfecho possível e nesse desfecho apenas um dos dois continua vivo.

P.S. do P.S. do P.S. Vera Farmiga está arrasando no papel, não é mesmo?

P.S. do P.S. do P.S. do P.S. Impossível para mim não pensar em Twin Peaks.