Apesar de ainda irregular, If I Ever Leave This World Alive recuperou parte de minha fé de que Defiance possa ser uma boa série de ficção e confirma a tese de que episódios com tramas que explorem os conflitos desse novo mundo em que humanos e extraterrestres vivem juntos tem mais a oferecer para a gente.
Eu diria que a série claramente caminha para encontrar uma identidade e seus atores afinam o tom de seus personagens entregando ótimos momentos como Stahma dando uma de santa na tenda dos doentes, nos lembrando de que Nolan já disse que ela é mais perigosa que seu marido, ou o próprio Datak “salvando” Connor e Nolan ou fazendo seu discurso populista de candidato a prefeitura, além de nos presentear com mais incertezas sobre quem a doutora realmente é.
E nada como uma praga para fazer que as pessoas se revelem ou se posicionem.
A trama da praga acabou por eliminar Connor da história, deixando caminho livre para que Nolan e Amanda continuem da onde pararam, até porque a utilidade do moço tinha acabado quando ele revelou que o pessoal da república quer acabar com Defiance e com a prefeita. E não é coincidência que ele tenha contado a verdade logo antes deles descobrirem que a “quarentena” dada a cidade estava sob as ordens da tal embaixadora-bitch de dois episódios atrás: não vai demorar nada nada para a República tentar colocar suas garras na cidade.
Não que a cidade precise de ajuda para ter confusão: Datak fez sua jogada ao pintar de herói e agora concorrente de Amanda. O filho de Rafe entregou à ex-prefeita o tal objeto dourado que, agora sabemos, poderá destruir a cidade se utilizado com outro. A ex-prefeita me parece cada vez mais megalomaníaca e eu ainda não sei como ninguém desconfia de que algo mais está acontecendo, como se somente ela e Yewll conhecessem a história deles.
Sim, você ficou decepcionado com a possibilidade de Yewll ser uma vilã e eu também, mas ainda tenho a esperança de que ela vira a casaca, de novo, e acabe por ajudar nosso amigos.
P.S. A trilha sonora da série continua surpreendendo. Ótimas escolhas, sempre.
P.S. do P.S. Irisa é que acaba perdendo espaço a cada episódio. Às vezes tenho a impressão de que não sabem bem o que fazer com a personagem, como se ela fosse apenas um acessório para Nolan.