Hannibal: Coquilles (1×05)

O primeiro episódio realmente de Hannibal, não é mesmo? O caso da noite, bastante interessante diga-se, acabou funcionando como distração enquanto queríamos mesmo é entender o que aproximava Hannibal e Bella de forma tão forte.

Hannibal: Coquilles (1x05)

Quando finalmente descobrimos o que Bella esconde do marido, o câncer terminal, e percebemos a citação “inocente” de Hannibal sobre ele sentir o cheiro do câncer de um de seus professores, entendemos a conexão dos dois e o fascínio do psiquiatra pela mulher – ele parece ter a constante necessidade de ser desafiado por pessoas muito inteligentes ou muito instáveis – e assim conseguem criar uma conexão entre nós e ela que independe de Jack.

Mas o fato de estarmos extremamente envolvidos com o drama da esposa de Jack, não impediu que sorríssemos com a ironia de ver Will falando sobre a manipulação de Jack  com Hannibal, quando é isso que nosso amigo psiquiatra parece fazer com todas as pessoas a sua volta – senti falta de Alana no episódio, talvez por isso.

Assim como não nos impediu de ficarmos abestalhados, não encontrei melhor termo, com os assassinatos investigado por Will: um homem cujo medo da morte faz com que torne suas vítimas em anjos cujas asas são feitas a partir do corte da pele das costas deles. Cada cena me causava enjoos e, em mesma e estranha medida, fascinação. Uma obra de arte macabra, sem sombre de dúvida.

E tais cenas fazem com que Will, que se equilibra com dificuldades entre a sanidade e a loucura, fique tão mal que quase se demite. Jack novamente joga com ele, lembrando-o de sua “taxa de sucesso” em encontrar os assassinos e de que se ele desistir, bem, as mortes não vão parar por causa disso.

P.S. Coelho? Ah tá. Pelo menos Hannibal afirma ser contra o sofrimento desnecessário.

P.S. do P.S. Que será que Hannibal estava farejando em Will?

P.S. do P.S. do P.S. Mesmo sempre acompanhado de Hannibal ou Jack, Will é a pessoa mais solitária que eu conheço.

Escrito por Simone Fernandes

Formada em contabilidade, sempre teve paixão pela palavra escrita, como leitora e escritora. Acabou virando blogueira.

Escreve sobre suas paixões, ainda que algumas venham e vão ao sabor do tempo. As que sempre ficam: cinema, literatura, séries e animais.

10 Comentários


  1. sabe o que me mais me comoveu e que fez admirar tudo deste episódio ??? … foi a cena entre Jack e Bella lá no consultório de Hannibal, se até um pouco antes ainda me sentia incomodada de Fishburne ter vestígios do Dr Langston exatamente nesta cena tudo mudou, agora ele é Crawford um chefe obstinado e responsável que de agora em diante ganhou minha simpatia

    chorei … sim chorei muito depois desta cena pois o diálogo foi primoroso e cheio de sentimentos, foi um verdadeiro drama entre a pessoa que está enfrentando câncer e a outra que irá permanecer nesta vida … pessoas que perderam um ente querido provavelmente se sensibilizaram muito depois desta cena

    concordo contigo sobre o Will ser a pessoa mais solitária que já conheci no mundo das séries

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    1. Cleide, ainda não consegui superar o Langston, afff, mas a cena foi realmente demais. Fico pensando se não foi assim só porque os dois são casados de verdade, foi tão profunda. Sei lá se eles acabaram pensando no que seria isso na vida pessoal deles e não é um assunto fácil para ninguém, né?

      Agora, eu acho que ele é um chefe irresponsável, ele quer o resultado a qualquer custo, sabe?

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    1. Eu não sei se torço para não cancelar porque dizem que tem canal a cabo só na espera disso acontecer para comprar e eu fico pensando: se já tá bom desse jeito no canal aberto, imagina num canal fechado?

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  2. Essa série me provoca arrepios… Este episódio foi hard. Uma coisa que me incomoda é essa fragilidade do Will. Conheci a personagem e Dragão Vermelho, como o homem que desmascarou Lecter e não o reconheço nesta personagem da série. Ou Lecter fez um ótimo trabalho ao longo dos anos, fortalecendo este Will gelatina, ou os roteiristas da série viajaram muito. É como se fosse uma história independente, como aconteceu com SmallVille e o Superman.

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    1. Então, eu não assisti o Dragão Vermelho, eu sempre achei que Anthony Hopkins jamais seria superado, então não tenho essa referência do personagem. Agora, se é como fala, eu não estranharia ele encontrar sua força justamente ao descobrir a verdade por trás de Lecter, afinal ele confia cada vez mais no psiquiatra.
      Você leu os livros? Fiquei super curiosa por conta da série.

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      1. Não li os livros, só assisti todos os filmes, inclusive Hannibal – A Origem do Mal (que explica o porque do canibalismo). Também sou curiosa para ler os livros, a série só acendeu mais a vontade. Em Dragão Vermelho, o Hopkins trabalha como o próprio Lecter e como aconteceu com a Clarice, em Silêncio dos Inocentes, ele também ajuda/manipula o Will.

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        1. Acho que vou caçar Dragão Vermelho no Netflix 🙂

          P.S. A tal origem do canibalismo do Origem do Mal foi o principal motivo de eu não ver o filme, odeio quando arrumam justificativas sofredoras pros malucos de plantão, humpf.

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