Hannibal: Apéritif (1×01)

Vou ter de pagar minha língua: eu não botava fé nenhuma em Hannibal. Primeiro porque a medida que os filmes passavam mais eu tinha certeza de que jamais teríamos algo igual ao primeiro – até porque, né gente, é o Antonio, como diria a Fal. Segundo porque tem o Laurence Fishburne e, afff, ainda não superei o que ele fez com CSI. Para continuar com a má impressão eu fiquei super ruim de gripe no dia da cabine da série no prédio do Canal Sony e encarei isso como um sinal.

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Só que todo mundo elogiou – tipo comentário rápido, não li nenhum texto sobre a série – e eu falei: tá, vamos ver qual é que é.

E qual é que é que o negócio me deixou:

1. Sem fôlego.

2. Enjoada.

3. Apaixonada pelo mocinho.

4. Fascinada pelo bandido.

5. Ansiosa pelo episódio seguinte.

É, paguei minha língua e adorei o que vi – mesmo as cenas fortes para estômagos mais fracos e ainda fortes para estômagos criados a base de Bones e CSI.

Principalmente, adorei a abordagem: a questão aqui não é o assassino em série que é um canibal, mas o especialista em assassinos em série que cria tal empatia por estes que se coloca completamente no lugar deles cada vez que analisa uma cena de crime e o que rende momentos realmente bons.

O personagem Will Graham, vivido (ou incorporado) pelo gracinha do Hugh Dancy, é um achado, o algo novo que tem sido tão difícil as séries trazerem, mesmo que não seja novo um “investigador” peculiar ou mesmo mau humorado – sim, Connan Doyle já fazia isso. A questão é que Will é tão atormentado quanto apaixonado por aquilo que vê e realmente me passa a impressão de que não conseguirá, ele mesmo, resistir a tentação de experimentar o que se sente quando se mata alguém.

E ele e o Hannibal da vez – extremamente elegante na pele de Mads Mikkelsen – tomam a tela de tal forma que a presença de Fishburne passa em brancas nuvens. Se sua participação foi mínima daqui ao final da temporada eu daria um beijo nos produtores.

No primeiro episódio o personagem de Fishburne procura por Will para que este possa ajudá-lo num caso de garotas mortas. Ao perceber que Will é muito instável ele pede a Hannibal que acompanhe o caso e analise o especialista. É claro que Will percebe o que está acontecendo. É claro que Hannibal fica fascinado pelo que vê em Will e aí, de forma semelhante ao primeiro filme sobre o assassino, começa um jogo de sedução em que mortes farão parte do cardápio.

P.S. Adorei descobrir a linda de Wonderfalls na série! A adoro!

P.S. do P.S. Tá, Will me ganhou quando resgatou o cachorro na estrada, mas me apaixonei quando vi aquele monte de cachorros na casa dele.

Escrito por Simone Fernandes

Formada em contabilidade, sempre teve paixão pela palavra escrita, como leitora e escritora. Acabou virando blogueira.

Escreve sobre suas paixões, ainda que algumas venham e vão ao sabor do tempo. As que sempre ficam: cinema, literatura, séries e animais.

4 Comentários


  1. ahhhhhh …. essa cena final do Will além de adotar o cãozinho ele ainda cuida de outros cãozinhos me capturou \o/

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  2. Sim, gostei de Will quando vi que ele resgata cães! Amei! Compartilho com você o mesmo desgosto com o Fishburne, apesar de gostar do ator, em geral… Mas ele acabou com duas temporadas de CSI! Imperdoável!

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