Facebook: um vírus e alguns amigos imaginários

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E mesmo quem já é velho de rede pode ser pego quando de bobeira. No meu caso era dia de aniversário de uma amiga querida, eu mandei mensagem de parabéns pelo Facebook e um tempinho depois fui marcada por ela em uma publicação com um link. Achando que era um agradecimento cliquei e então a mensagem acima surgiu. O que a boba fez? Clicou no executar.

Em instantes comecei a marcar todos os amigos em mensagens semelhantes a dela e percebi que tinha caído no conto do vigário, ou melhor, do vírus. Em tempos em que o uso do e-mail diminui e menos pessoas clicam em links suspeitos por lá, os vírus invadem as redes sociais e se reproduzem rapidamente.

Ao perceber meu erro fechei rapidamente um navegador e abri outro. Enquanto amigos perguntavam se eu estava com vírus publiquei uma mensagem genérica em meu mural avisando a todos para não clicar no link e corri para apagar tais publicações. Após apagá-las, já offline, abrir o navegador em que havia feito a besteira e tentei identificar entre as extensões a do vírus, sem sucesso desinstalei o navegador, passei anti-vírus e anti-spyware, alterei a senha do Facebook e de outras contas nas quais estava conectada no momento do ataque.

Já mais calma retornei ao Facebook e deixei uma mensagem mais detalhada do ocorrido, pedindo aos amigos que fizessem os mesmos passos que eu. O vírus espertinho havia aparecido para alguns como vídeo, para outros como a instalação de um tradutor, para outros como um aplicativo do Messenger do próprio Facebook. Sim, esse pessoal fica cada vez mais esperto.

E o jeito é que nós também: na dúvida, quando receber uma marcação de um amigo com link, pergunte ao amigo do que se trata. Se clicar, não esqueça de alterar sua senha, desinstalar extensões, quando possível, ou o navegador, e apagar o rastro deixado por ele em seu mural. E sempre, SEMPRE, tenha seu anti-vírus atualizado.

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Passado o susto foi a vez de ver que a filha se tornou uma grande usuária do Facebook. Sim, eu sei que a Carol não tem idade para ter um perfil na rede social conforme as regras desta. Num mundo ideal o Facebook deixaria crianças terem acesso restrito à rede, sempre monitorado por seus pais, no meu mundo um dia eu criei o perfil dela para que ela pudesse jogar a fazendinha – quem nunca? – o hospital veterinários e o café comigo e alguns amigos e até pouco tempo atrás era somente para isso que ela usava.

Com o tempo e a troca de escola a rede passou a ser utilizada pela Carol para se conectar com os agora não tão perto amigos, o que eu acho excelente. Além disso percebo que ela tem usado a rede para falar com tios, tias, primos e primas nem sempre tão presentes no dia a dia, o que eu acho melhor ainda.

Do outro lado, puxada por colegas com perfil na rede percebi que o número de amigos da Carol de repente havia triplicado. Numa olhadela na conta identifiquei o problema: ela havia adicionado perfis de “atores” e personagens da novelinha Carrossel. Pausa na programação, chama a filha do lado e explica: aqueles perfis não são realmente dos atores, personagens de novela não possuem perfis, normalmente eles são criados por fãs que adotam o nome do ator/personagem para se conectar com outros fãs.

Além disso expliquei que, ao adicionar um perfil como amigo ele passa a ver tudo que foi publicado e seus dados pessoais, além de poder entrar em contato com a gente, motivo pelo qual a gente só deve adicionar quem a gente realmente conhece na rede social – lembrete que vale para adultos também – e que existem páginas para serem curtidas caso ela queira saber novidades sobre os seus ídolos.

Após conversa longa, com ela e com a melhor amiga que sempre está por aqui, fiz uma limpeza geral na conta e continuo de olho nas adições – na verdade depois do bate-papo a Carol passou a me perguntar sempre antes de adicionar alguém ou mandar uma mensagem, o que me deixa muito mais sossegada.

Carol cresce e com isso os desafios mudam. Como eu disse, acho que hoje a rede  tem sido aliada de seu crescimento, ajudou muito a transição para a nova escola sem que ela sofresse pela perda dos grandes amigos, e tem ajudado até mesmo para que ela, naturalmente tímida, mantenha contato com as pessoas queridas.

A periodicidade de minhas olhadelas em seu perfil é mais constante e sempre dou uma olhada nas atualizações que ela tem recebido. Particularmente opto por não ter suas amigas e amigos como meus amigos na rede, mas autorizo a amizade de pais dos amigos, desde que o conteúdo seja apropriado.

Como eu disse em um post recente: o acompanhamento e orientação dos pais para aspectos de segurança não muda por conta da rede, ele apenas se amplia e não existe ferramenta que o substitua.

Escrito por Simone Miletic

Formada em contabilidade, sempre teve paixão pela palavra escrita, como leitora e escritora. Acabou virando blogueira.

Escreve sobre suas paixões, ainda que algumas venham e vão ao sabor do tempo. As que sempre ficam: cinema, literatura, séries e animais.

1 comentário


  1. Creeedo …assim dá medo de usar o tal do Facebook, o Twitter…essas ferramentas boas prá conversar, bater papo, conversar com amigos, fazer novos contatos…eu não sabia que era tão perigoso!Vou tomr mais cuidado.Muito obrigada pela dica!

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