Elementary: The Red Team (1×13)

Bastou se sentir amiga ao invés de acompanhante que Watson já saiu limpando a casa de Holmes, é isso? Acho que isso pode acabar com toda a estabilidade de nosso detetive em Elementary – alguém arrumando as minhas coisas do jeito dele com certeza acabaria com a minha.

Elementary: The Red Team (1x13)

The Red Team foi um episódio muito bom, mas a questão é que a gente vê aquele M. acima da lareira e não consegue pensar em outra coisa, certo? Pois bem, teremos de ter paciência, pequenos gafanhotos.

É claro que ele teve um fator adorável para alguém que consome teorias conspiratórias com prazer: e se uma delas se provasse verdadeira? E se as pessoas envolvidas nela fossem descobertas e começassem a morrer, uma a uma? E se Holmes fosse um dos inventores de várias outras?

Sim, essa parte do episódio foi realmente deliciosa e eu, na verdade, fiquei esperando para conhecer outras teorias lançadas por nosso detetive no site – que infelizmente não existe ou eu não descobri, o mais próximo disso é esse aqui e nem é tão grande coisa assim – ao invés de ficar esperando pela solução dos assassinatos. Sim, eles deram toda a pinta de que o governo estaria por trás das mortes, mas isso seria confirmar a teoria de que o governo tudo vê e tudo sabe e eles não iam confirmar isso, então ficava óbvio que um dos membros do grupo era o assassino.

E quando ele aparece no apartamento cuidando de sua pobre esposa doente, bem, estava na cara que tínhamos descoberto o culpado. E nem foi um culpado a altura de Holmes, ou seja, o embate final dos dois naquele quarto não empolga muito. Eu fiquei bem mais empolgada com Holmes e Clide. E Watson morrendo de medo de Clide virar sopa – pronto, agora os dois tem um bicho de estimação. Ou peso de papel, depende do dia.

Na verdade eu fiquei empolgado com todo o paralelo a investigação: a nova relação de Holmes e Watson, apesar dela não ter contado a verdade a ele; a nova amargura do nosso detetive, que agora como consultor temporariamente suspenso; sua solidão, representada por sua admiração por Clide, talvez?

P.S. Watson só foi a terapeuta para se tocar do quanto Holmes importa para ela, confere?

P.S. do P.S. Conversinha final de Holmes e o capitão. Tudo bem, estamos falando de dois homens que jamais admitiriam a importância que tinham um para o outro em público, mas pelo menos poderiam admitir entre eles, não é mesmo? Ao invés disso rola um soco no estômago, Gregson sai chateado porque se sente traído, Holmes chateado porque magoou o amigo.

P.S. do P.S. do P.S. Adorei o Napoleão no meio do mural de M. É assim que Holmes, nos livros, se refere ao seu arqui-inimigo: um Napoleão do crime.

 

Escrito por Simone Fernandes

Formada em contabilidade, sempre teve paixão pela palavra escrita, como leitora e escritora. Acabou virando blogueira.

Escreve sobre suas paixões, ainda que algumas venham e vão ao sabor do tempo. As que sempre ficam: cinema, literatura, séries e animais.

3 Comentários


  1. Oi, Simone, eu gostei do episódio. Ainda acho que não tem pai nenhum pagando o monitoramento e é o proprio Sherlock quem banca. Sabe de uma coisa? Por mais razões que Holmes tenha em ficar furioso e querer vigança, eu acho que o Gregson teve toda a razão de agir como agiu.

    Responder

    1. Oi Fátima, mais de uma pessoa já me falou isso. Neste caso a magoa apenas se inverte: se Holmes ficaria magoado ao descobrir que Watson mentiu para ele, se ele fez o papel do próprio pai, será Watson a ficar magoado.

      Dou razão sim ao Gregson, o que às vezes me irrita na vida em geral, não só aqui, é essa dificuldade dos homens de falar porque realmente estão chateados. Gregson fala ali que é porque ele não vai deixar que Holmes mate alguém em seu turno, mas na verdade ele ficou é magoado porque considera Holmes um amigo.

      Responder

      1. Aí, minha filha,fica difícil. São raros os homens que sabem “discutir a relação”.

        Responder

Deixe uma resposta