Gente, sério, quase que este texto não sai! Para as mães de bebês novinhos vai o aviso de que as noites sem sono serão lembrança querida quando suas meninas e meninos se tornarem pré-adolescentes incansáveis, cheios de vontades e opiniões – passarão o dia correndo e pulando e no intervalo questionarão tudo que você disser.
Só não vou dizer que minha filha é a única responsável pela falta de textos da semana porque eu juro que fiz muita coisa mesmo. Janeiro termina dando adeus às férias, cadernos a serem encapados, exercícios a serem finalizados – se você for contador, armários a serem limpos… E projetos a serem iniciados – se você tiver uma cabeça cheia de ideias que nem a minha.
Em meio a tanta coisa eu não sabia por onde começar a falar do que pode salvar um dia ruim pra mim… Quer dizer, não bastasse a dificuldade natural com o assunto depois de anos e anos de polliannice aguda, em que a gente nem se permite admitir que existem dias ruins, sabe?
Não que atitude postiva tenha algo de errado, o contrário, eu acho bem melhor a gente sacudir a poeira e dar a volta por cima ao invés de se deixar abater e simplesmente desistir das coisas. Acho que conquistei muito mais do que perdi por conta desse meu lado.
Mas a gente cresce – sim, eu falei isso no meu texto sobre a Ellen – e muda. E a gente faz anos e anos de terapia e descobre que tristeza, raiva, frustração, fazem parte do pacote e que está tudo bem em se deixar cair um tantinho quando algo ruim te acontece, desde que você levante depois de curtir a fossa e siga em frente.
Porque a raiva, a tristeza e a frustração não te definem, você é muito mais que isso.
Então eu não chego a ter dias ruins, mas com certeza passo por decepções e perdas e rolam aqueles momentos em que as lágrimas descem bochecha abaixo e você só consegue pensar “por que eu?’.
E aí, quando isso acontece, quando eu acho que posso afundar, o jeito é apostar na receita: chocolate, lâmbida de cachorro, conversa com amiga e seriado ou filme ou livro fofo pra encher nosso coração de esperança, pra nos fazer perceber que não somos só nós, que a vida não é justa, mas que, sem sombra de dúvida, vale a pena.
P.S. E me diz como não acreditar que pode dar certo quando você olha pela sua janela as seis da matina e dá de cara com esse céu multicolorido lindo?
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Este post faz parte do Meme de Janeiro, uma iniciativa das interneteiras do LuluzinhaCamp, que tem como única intenção a diversão. Porque somos blogueiras e adoramos blogar, simples assim. Se você tem blog, corre para participar, clique aqui e saiba mais.