Arrow: Pilot (1×01)

E ainda neste semana eu falei sobre escolhas, não é mesmo? Pois, por conta delas, apesar de eu ter adorado o piloto de Arrow, não teremos textos semanais sobre a série – pelo menos por enquanto. Imaginem que minhas segundas já andam bem complicadas com Grimm, Grey’s Anatomy e CSI e ficarão mais quando NCIS e Criminal Minds retornarem.

Então, pelo menos enquanto eu não desisto de nenhuma dessas – minha aposta iria para Grey’s Anatomy como primeira baixa – vou curtir Arrow sem compromisso. Acho, inclusive, isto bastante adequado para a série: sessão pipoca em grande estilo.

É só fazer as contas: é estrelada por um bonitão e tanto, Stephen Amell, que até hoje não havia sido regular em nenhuma série que você se lembre; tem elenco de apoio caprichado, que inclui a linda Susanna Thompson, cujo trabalho eu amo e a quem eu sempre dou uma chance, e o gato Paul Blackthorne, que estrelou a não descoberta The Dresden Files; e é baseada em um personagem dos quadrinhos com fãs fiéis (o arqueiro verde).

Com esse último ponto é garantido termos cenas de ação diversas, vilões exagerados, mocinhas indefesas e tudo o mais. E no piloto eles conseguiram juntar tudo isso de um jeito bem gostoso.

A trama: Stephen é Oliver Quenn, milionário farreiro e inconsequente que é dado como morto quando o barco em que estava com seu pai e a irmã de sua namorada afunda. Ele é encontrado cinco anos depois e não é o mesmo homem, só não sabemos exatamente o que ele passou para que tenha mudado tanto.

A redescoberta de sua família e da cidade em que morava é mostrada com cenas cortadas para o passado, onde descobrimos que seu pai teria lhe contado algum terrível segredo. Na cidade ele começa um trabalho de vingança contra os inimigos do pai, lista que pode incluir sua mãe, mas não temos certeza.

A questão é o que não vimos ainda: se Oliver passou cinco anos em uma ilha deserta, como é que ele saiu dela falando russo? E trazendo consigo um arco estilizado e tecnologia para fazer flechas diferentes de tudo que se viu por aí?

Falando da ação: o rapaz sofre um sequestro logo no primeiro dia na cidade, o que o obriga a revelar antes do que previa uma nova identidade, a identidade do arqueiro que usa um capuz verde para esconder seu rosto. Não fosse só isso ele resolve começar sua vingança pelo homem que também está sendo perseguido na justiça pela sua ex-namorada, se colocando no caminho do detetive Quentin Lance, que por acaso não vai com a cara do moço que traiu sua filha e por causa de quem a outra está morta.

Os efeitos especiais, que andam decepcionando por aí, não comprometem e os quarenta minutos passam rapidinho… Perfeito para passar o tempo com diversão garantida.

P. S. Quem mais achou esse negócio do moço fingir que ainda é playboy sem ser meio Homem de Ferro?