Mais dois bons episódios de Blue Bloods, apesar de eu ainda não me acostumar com essa vida de um depois do outro, acho que minha cabeça está velhinha e eu vou começar a misturar as histórias dos dois virando tudo uma coisa só. Acontece com vocês?
Talvez isso tenha acontecido menos com esses dois por conta de cada um ter foco bem definido: enquanto no primeiro são os meninos Reagan, no segundo Erin – tudo bem que no final é Danny que salva o dia dela, não é mesmo?
E parece que os roteiristas andaram lendo nossos comentários (até parece) e trouxeram a questão do risco para Jamie caso um dia sua cara apareça em algum jornal. Para isso o rapaz foi o herói da vez ao entrar em um prédio em chamas e salvar uma criança, mas não pode aparecer como herói, com um Rinzolli bastante desconfortável assumindo seu lugar.
Eu ainda acho que, do jeito que a série coloca Frank em evidência, não precisava de tanto: qualquer evento com o comissário ou uma reportagem sobre sua vida serviriam para acabar com o disfarce do rapaz, mas funcionou pela cena final, em que ele encontra uma medalha de reconhecimento deixada por seu pai. O reconhecimento pode não vir do público, mas veio de seu pai – no final das contas é sempre o reconhecimento deles que procuramos, não é mesmo?
Danny também exercita seu lado herói descobrindo a verdade sobre a morte do bombeiro pai de um colega de um de seus filhos. O que eu gostei é que deixaram claro, dessa vez, que ele provavelmente não teria ido tão longe não fosse a ajuda de seu pai.
No episódio seguinte é Erin que vai para os holofotes ao acusar um bandidão russo de primeira de homicídio. O caso coincide com a saída do vice-prefeito da cidade (pelo que pude entender a atuação do vice-prefeito por lá é bem diferente da que temos por aqui, incluindo o fato deste não ser eleito e sim apontado pelo prefeito) e o prefeito enxerga nela a pessoa certa para o cargo… Tirando o fato de que ela e o pai passariam a ter conflitos constantes.
Para manter o padrão, e a coerência, fica claro que todos na família, apesar de serem contra Erin assumir o cargo, vão apoiá-la e não se metem em sua decisão. Já ela dá uma pirada básica e arruma briga sozinha – sabem como é?
No final são Danny e Jackie que conseguem manter a principal testemunha à salvo e a moça desiste do novo cargo – segundo ela porque sabe poder fazer mais bem ao mundo na posição em que está, mas eu não consigo deixar de pensar que ela talvez tenha se tocada que estava fazendo besteira, simples assim.