Sem uma decisão do canal sobre sua renovação e com mensagens bastante confusas sobre o futuro, os roteiristas de Fringe disseram ter preparado dois finais, um seria exibido se a série fosse cancelada, o segundo caso ela continuasse. Algo me diz que a cena final, com o aparecimento do Observador para Walter, foi o acréscimo para a continuação obtida.
Todo o restante do episódio nos apresentou a amarração de pontas que buscávamos – claro que sem grandes elaborações, afinal, eram apenas quarenta minutos.
É claro que a incerteza acabou por prejudicar o desenvolvimento, impossível que não fosse assim. E o episódio também perdeu feio na comparação com sua primeira parte, em que nos seguramos na cadeira do começo ao fim.
Ao final dele eu não consigo não pensar que teria sido um final simplista, mas bem feito. Do outro lado, não tenho como não comemorar a próxima temporada, permitindo a elaboração que eles tão bem conseguem fazer.
O que dizer, por exemplo, da regeneração de Olívia? Indicada pelo bolinho feito no episódio passado, a cena foi um dos poucos grandes momentos do fechamento – apesar de previsível, ainda foi chocante ver Walter realmente puxando aquele gatilho e foi impossível não ficar aflita junto com Peter que podia perder ali a mulher de sua vida, minutos depois de dizer que não aguentaria.
A outra grande surpresa da noite não foi surpresa, afinal, nós já esperávamos pela revelação da gravidez de Olívia – questão matemática – enquanto um momento em especial me incomodou muito: Jéssica como mais uma a trabalho de Bell. Sim, seus olhinhos virando foi divertido demais, mas não acrescentou nada a série bem como seria uma aposta e tanto essa certeza de que ela seria levada ao laboratório por Walter.
Finalmente temos as pistas sobre o que ainda virá: Olívia perdeu seus poderes, usando-os para voltar à vida; Bell escapou, talvez para o mundo alternativo, talvez para outra versão ainda; Broyles ganha dinheiro para aumentar sua operação, e dá um emprego à Nina, provavelmente nos indicando porque no futuro visto em Letters In Transit eles tem tão mais tecnologia do que hoje.
Pensando em Letters In Transit talvez este tivesse sido um final de temporada melhor: consequência dos acontecimentos que vimos até aqui ele nos mostraria que Bell volta, seja da onde for, e as coisas só complicam para a equipe.
Frase da noite: “Meu querido amigo, mesmo que negue agora, você sempre brincou de Deus, eu sou.”
P.S. Um mundo em que Olívia e Peter seriam os novos Adão e Eva. Não deixa de ser uma versão interessante de universo.
P.S. do P.S. Agora sabemos aonde Setembro havia levado aquele tiro antes de encontrar Olívia e falar que ela teria de morrer. E ela morreu mesmo.
P.S. do P.S. do P.S. Nossa, como foi bom ver Astrid viva e bem, afff!
P.S. do P.S. do P.S. do P.S. Aonde foi que eu me perdi e essa Nina é uma boa Nina. Ela não era má, afinal?
P.S. do P.S. do P.S. do P.S. do P.S. Humm, tem mesmo que esperar até setembro?