Feliz Dia do Saci e Feliz Dia das Bruxas Também!

Acho que já falei disso aqui, mas vale repetir: ouvindo uma entrevista de Maurício de Sousa, achei sensacional quando ele falou sobre o fato de tantas pessoas acharem que as crianças de hoje tem uma infância mais pobre que no passado, pensamento com o qual ele não concordava.

Maurício usava como exemplo seus filhos mais novos que, como ele falou, tem acesso tanto ao que ele tinha como a um montão de coisas novas.

Aplicando esse pensamento a vida de minha filha: Carol, em casa, tem acesso a computador, iPod e vídeo-game, além de conviver com três gatos fofos; na casa dos meus pais ela pode passear e brincar com o cachorro, mergulhar na cachoeira, pisar na grama, ajudar na horta, empinar pipa, juntar conchinhas; nos finais de semana em Sampa ela pode andar de patins no parque, trazer amigos para brincar em casa, descer ao playground e brincar com os vizinhos, nadar na piscina do prédio, andar pelas ruas do bairro. Se chover sempre podemos aproveitar um cinema, com um enorme pacote de pipoca, ou simplesmente curtir um DVD em casa ou um livro. Ah, ainda temos os jogos de tabuleiro.

Então sim, ela tem uma infância muito mais rica que a que tive, porque ela ganhou vários novos passatempos e vivências.

E então chegamos ao motivo de eu escrever este post: desde ontem mensagens povoam as redes sociais, nos dizendo para esquecer o tal do Halloween e comemorar o Dia do Saci.

Carol conhece o Saci, leu sobre ele nas histórias de Monteiro Lobato e acha que ele é irmão da Cuca, assim como já viu uma peça sobre a Iara e outra sobre o boto cor-de-rosa. Acho o folclore brasileiro lindo e rico de histórias e adoro dividir o que ela aprende sobre isso na escola e ainda, se possível, ensinar mais um poquinho.

E, também, há 05 anos, ela sai para pedir doces no prédio aonde moramos acompanhada do resto da criançada – este ano ela até se fantasiou, mas escolheu ficar em casa e distribuir doces comigo, ajudando na decoração do dia.

Neste ano aproveitei para assistir com ela a um episódio de Parenthood em que a família toda sai fantasiada para pedir doces e ela também pode ouvir a tia que está morando nos EUA contando sobre as ruas decoradas e sobre a festa em que todos iriam à noite vestidos ao estilo de Star Trek.

Eu acredito mesmo que estou tornando sua infância mais rica ao aproveitar cada oportunidade disponível para estarmos juntas, aprendermos juntas, nos divertirmos juntas.

Então, para que um ou outro, se ela pode ter um e outro?

Escrito por Simone Fernandes

Formada em contabilidade, sempre teve paixão pela palavra escrita, como leitora e escritora. Acabou virando blogueira.

Escreve sobre suas paixões, ainda que algumas venham e vão ao sabor do tempo. As que sempre ficam: cinema, literatura, séries e animais.

1 comentário


  1. Escelente! Eu penso a mesma coisa. A questão não é valorizar a cultura brasileira negando tudo o que vem de fora, esse pensamento é tão antigo, ultrapassado e até perigoso. É tão melhor aproveitarmos que hoje temos acesso a tanta coisa e curtir de tudo. Muito bacana o teu depoiemento.

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