Sarah: “Não. Não dê espaço. Quando dizem que não precisam mais de você, é exatamente aí que precisam mais.”
Eu nunca pensei que uma citação de Sarah sobre paternidade ia valer destaque aqui no blog, mas esse é Parenthood me supreendendo.
O penúltimo episódio dessa temporada resolveu carregar no drama e colocou todos os irmãos Braverman enfrentando seus medos – tá, Julia ficou meio de fora, mas ela acabou se sentindo mal por ser a mensageira pro Crosby e vinha sofrendo muito com a história de não voltar a ter filhos – alguns superando de forma admirável, outros se afundando um pouco mais.
O mais velho, Adam: passou pelo choque de perceber que sua menina cresceu e agora faz sexo com o namorado. Não bastasse isso precisa baixar a cabeça e aceitar o que seu chefe anos mais novo e vezes mais doido decide. No primeiro caso eu achei a reação de Adam bastante natural e que Haddie deveria entender isso melhor. Aí eu lembrei que ela é uma adolescente, dei um desconto, lembrei que pelo menos ela contou a verdade, e relevei. No final das contas, Adam acaba reconhecendo que é seu próprio medo e não a atitude da garota o problema, nos deixando com a linda cena final. Já no caso do trabalho, bem, não falarei que é Adam o certo ou o chefe, na verdade a questão é mesmo de conflito de gerações e não há muito o que fazer aqui – mesmo minha mente não concebendo o cara consumindo maconha e tomando decisões na empresa e me fazendo lembrar de um texto de Marcelo Rubens Paiva do qual falo outro dia, em outo blog.
Vale aqui o destaque para Cristina: minha Braverman preferida de novo não me decepcionou e conseguiu segurar as pontas e estar lá por sua filha.
A filha do meio, Sarah: uau, ela e Amber me deixam de queixo caído com suas reações. Elas não imaginam o quão são parecidas e não se aproveitam disso para poupar os erros pelo caminho. Eu achei a cena de Sarah puxando Amber do carro e ela empurrando sua mãe mil vezes mais forte que o acidente no final do episódio. Eu sinceramente acho que faltou um pouco de limite ao longo do crescimento da Amber, mas Sarah também não é lá muito madura, tanto o é que a filha sai correndo pela porta com um drogado e ela fica repassando a possibilidade de sucesso profissional com o louco do diretor (esperava tanto mais do papel de Richard Dreyfuss, nem falo). Sim, ela deixou tanto de lado porque teve filhos nova e blablabla, mas a questão é que agora já foi. Como diria Liz Gilbert em Comer, Rezar, Amar: “ter um filho é como fazer uma tatuagem no rosto, sua vida jamais será a mesma.”
O caçula, Crosby: ele tanto sabe a besteira que fez que começou com a tal história de que tudo tem de ser perfeito. Bem, não dará certo e passou da hora dele encarar isso de outra forma. Vender a moto para colocar azulejos é o menor dos seus problemas….
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Amo essa serie e essa temporada foi boa demais. Me emociono com essa família e acho a história bem escrita. Estou torcendo para uma boa terceira temporada.