Muita gente tem comentado em meus textos que torce para que esta não seja a última temporada de Law&Order Criminal Intent. E é fácil entender o porque: D’Onofrio e Erbe estão dando um show e demonstram claramente o quanto estão gostando do que estão fazendo; os roteiros não tem furos, histórias bem montadas e mesmo os finais mais óbvios te deliciam; o respeito pelos antigos fãs trazendo as lembranças de Goren em suas sessões de terapia. Tudo funciona tão bem que é impossível não querer que continue.
Mas não teremos continuação – a temporada já acabou há tempos por lá e nem boatos existiram de um retorno – então é melhor aproveitar a viagem como ela é: uma despedida.
E por isso é legal ver Goren falando de seu pai, mesmo que ainda cortando a história, não sendo sincero de verdade. Seria forçado demais que ele começasse a confiar em sua terapeuta de uma hora para outra, depois de toda uma vida sem confiar em ninguém – “todos mentem”.
Assim como é rico conhecermos o pai de Eames. Pouco sabíamos de sua vida – com exceção do casamento – mas ela cuidando do pai é algo muito adequado ao personagem. Também não foi nada ruim toda a história sobre a última rua de Manhattan, que deu nome ao episódio, e o passado dela.
Ah, tem a investigação também, não é? Mas ela na verdade só serve para que a gente fique vendo os dois.
Destaque para o diálogo de Eames e Goren com a dona da empresa de noivas para ricos. Diga-se: os diálogos nunca foram tão deliciosos.
