Citando Jan Gehl

O congestionamento é, sem dúvida, um dos maiores problemas das grandes cidades do mundo. E a chave para resolvê-lo é entender que a demanda correta não pode ser por mais transporte público ou ciclovias ou calçadas. Deve ser por mais opções, por mais liberdade de escolha de meios de se locomover do ponto A ao ponto B. Só ciclovias ou só transporte público não resolvem, mas a combinação dos dois com boas calçadas e vias exclusivas para pedestres começam a deixar a cidade mais interessante e a dependência que se desenvolveu do carro começa a diminuir.

Essa é uma das respostas que o arquiteto Jan Gehl, cujo nome virou sinônimo de projetos voltados para as pessoas, deu em uma entrevista para a Natália Garcia, publicada na revista Vida Simples deste mês.

Para quem não conhece, Natália é uma jornalista que criou o projeto Cidades Para Pessoas, em que, ao longo de 12 meses, ela morará em 12 cidades que são consideradas excelentes locais para se viver.

O projeto da Natália foi financiado através de crowdfunding, que é a capitação de recursos através de múltiplas pessoas. Funciona mais ou menos assim: você apresenta o projeto completo, com os gastos que terá, o que realizará, em que bases e quais resultados serão obtidos, para uma plataforma, no caso da Natália foi a Catarse.me. A plataforma financia parte do projeto, desde que você consiga captar a diferença por meio de “doações”. No caso do Cidades Para Pessoas, conforme o valor que você dava, você recebia algo em troca. Eu ajudei um pouquinho e recebo semanalmente um relato da Natália de como o projeto anda, quem doou mais, receberá outras coisas.

O projeto da Natália e iniciativas como as da Catarse são exemplos de que os bons são maioria e que sim, podemos ter um futuro melhor para nossos filhos.