Damages: Flight’s at 11:08 (03×03)

Pensamento do dia: é engraçada a tendência humana em buscar o conhecido quando enfrentamos algo que nos desagrada, principalmente quando julgamos que somos responsáveis por fazer algo, por mudar algo. É nada além disso a ligação de Ellen no meio da noite para seu chefe, é buscar o porto seguro do trabalho, lugar aonde ela se reconhece como competente, quando dá de cara com a possibilidade de que sua irmã está se drogando.

Acho que esse foi um daqueles episódios, mais um, em que muita coisa acontece na história, mas é na casa da família de Ellen que eu penso quando eu lembro dele. É na exposição nua e crua da realidade de muita gente, das críticas nada construtivas de alguns pais, na necessidade que temos de aprovação e apoio, na dificuldade em sair de cabeça erguida quando o lamaçal é tão grande. Família é benção e maldição, é isso que eu enxerguei aqui.

Em paralelo, Patty vai fechando o cerco sobre os segredos da família e se ainda restava alguma máscara de bondade em Joe Tobin ela foi por terra. Ele não é tão diferente assim de seu pai, que não é tão diferente assim das muitas pessoas que dão valor as coisas erradas.

Muita pena de Tom, frustrado com sua perda, com medo de admiti-la para sua família, aflito pela sensação de que, mesmo podendo fazer algo, talvez ele simplesmente não consiga fazer algo, ou pelo menos não na velocidade que ele gostaria.

Nenhum pulo no tempo e, ainda assim, Damages nos mostra o quanto de mistério pode existir em uma história.

Escrito por Simone Fernandes

Formada em contabilidade, sempre teve paixão pela palavra escrita, como leitora e escritora. Acabou virando blogueira.

Escreve sobre suas paixões, ainda que algumas venham e vão ao sabor do tempo. As que sempre ficam: cinema, literatura, séries e animais.

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