Atrasado, de novo?

Estava chegando a Starbucks outro dia quando uma revista na banca acabou chamando a minha atenção por conta do assunto: desapego. A revista era a Vida Simples e eu nunca tinha comprado ou mesmo folheado nenhuma edição antes. A capa chamou a atenção porque eu havia acabado de dar uma geral em casa arrumando armários e quartos e me desfazendo de MUITA coisa mesmo.

Para vocês imaginarem meu armário nunca esteve tão livre, nem mesmo quando me mudei para meu apartamento há 09 anos atrás trazendo as roupas da vida de solteira. Tudo agora no armário respira, os vestidos não ficam mais apertados e ainda consegui um jeito bem prático para guardar meus colares.

Do outro lado, muitas roupas ganharam novas casas, novas donas, outras foram para a reforma (tipo aquelas macacões da gravidez lindos de morrer, mas parados já que o segundo filho nunca veio e que foram reformados para serem usados por uma não grávida) e a energia voltou a se movimentar, uma delícia.

Mas a questão é que virei fã da revista, que devorei rapidamente, e estava ansiosa pela edição de março, que chegou logo as bancas. Se dessa vez a capa não chamou tanto a atenção, uma reportagem deliciosa escrita pela Pedalina Jeanne Callegari acabou me fisgando e sendo lida primeiro: você aí sofre com atrasos?

Bem, eu confesso, sofro demais… Com os atrasos dos outros. Eu sei, sou uma pessoa difícil. Meu pai me educou para chegar em qualquer lugar meia hora antes mas nunca 05 minutos depois. Quando vejo que vou atrasar – raramente acontece – eu sou daquelas que desmarca o compromisso para não deixar o outro esperando. Imaginem que cheguei ao meu próprio casamento 30 minutos antes.

Isso mesmo, cheguei antes e, como o carro antigo com noiva dentro ia chamar muito a atenção dos convidados ainda chegando, o motorista parou umas quadras antes para esperar a hora do casamento. Mas eu entrei na igreja pontualmente as 18h00, horário marcado no convite.

Sou aquela que há 05 anos trabalha num lugar em que nenhum reunião começa na hora, mas que está lá sentada na sala de reuniões cinco minutos antes do horário marcado esperando todo mundo.

Eu diria que isso para mim se tornou um problema já que me casei com um atrasado patológico e, vejam só, dei a luz a outra. Com meu marido e minha filha eu me sinto ainda mais chata porque sou aquela empurrando-os para fora de casa para tentar chegar menos atrasada enquanto os dois resolvem que esqueceram de algo bem nessa hora. Resultado? Ansiedade a mil toda vez que rola compromisso familiar.

Mas a reportagem experiência da Jeanne fala do outro lado, dos sempre atrasados. E dá dicas ótimas para o comportamento mudar. Ela mesma se encaixa na categoria e conta como foi passar um tempinho tentando não chegar atrasada para nada e como percebeu o quanto é chato ficar esperando por alguém atrasado.

Ah, ela até fala sobre os tipos de atrasados descritos no livro de Diane DeLonzor, Never Be Late Again (não disponível em português), e foi fácil identificar o tipo da minha filha, por exemplo: mentalidade de “professor distraído”, aquele que vê uma borboleta passar, se perde em pensamento e esquece completamente o que estava fazendo – coincidentemente é o tipo da Jeanne Também.

Já perdi a conta das vezes em que peguei a Carol segurando a escova de dentes e olhando para os gatos, esquecida de que ia escovar os dentes, por exemplo. Já meu marido faz mais o estilo da emoção pelo prazo apertado, posterga tudo e quando vai fazer só falta cinco minutos pro prazo acabar.

Bom,a reportagem é enorme e eu garanto que vale muito a pena uma passada de olho, principalmente se você anda dando a desculpa do trânsito pesado em todos os compromissos da sua semana. Então não atrasa e corre na banca porque a revista está a venda até o fim de março – infelizmente a matéria não está disponível online, se em abril estiver eu conto para vocês.

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P.S. Quando comprei a revista de Fevereiro, a minha primeira, recebi um encarte falando dos livros de Saúde e Bem Estar da Abril. Eu já tinha um, o da dieta dos pontos que tanto me ajudou a perder 06 quilos nos últimos 05 meses, e acabei comprando mais dois. O primeiro é um guia de caminhada e foi comprado pensando no marido que precisa começar a se mexer. O segundo é um Guia de Nutrição. Bem legal, simples e completo, ele dá dicas de alimentos que fazem bem e em quais quantidades devem ser consumidos. Com base nele eu consegui dar uma mudada nos lanches da manhã e da tarde, conseguindo variar mais. Recomendo.

Escrito por Simone Fernandes

Formada em contabilidade, sempre teve paixão pela palavra escrita, como leitora e escritora. Acabou virando blogueira.

Escreve sobre suas paixões, ainda que algumas venham e vão ao sabor do tempo. As que sempre ficam: cinema, literatura, séries e animais.

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