Essa semana foi corrida e cansativa. Por motivos diversos eu estou cheia de coisas na cabeça e no coração. Esse monte de coisas já está por aqui há algum tempo, mas o peso só veio essa semana. Primeiro uma noite de sono muito cortado, muito leve. Depois duas noites de parcial insônia.
Fiquei pensando no motivo de só pesar agora e descobri: com o marido viajando e com a chuva constante, tive que encostar a bicicleta na garagem e vir trabalhar de carro três dias seguidos – tudo bem tomar chuva com a filhota na volta da escola, mas na ida é sacanagem né? – o que significou mais cansaço por conta do trânsito complicado.
Até o ano passado, o marido me dava uma carona até o metrô e dali eu seguia lendo um livro, assistindo a algum seriado no celular. O caminho entre o metrô e o escritório é feito a pé, mesmo hoje, com uma parada estratégica na Starbucks para um Caramel Macchiato. Mas a distância é curtinha, uma caminhada rápida.
Neste ano eu troquei a carona pela caminhada ou pela pedalada até o metrô. São quase três quilometros de consideráveis subidas, que a cada dia ficam mais fáceis.
E taí o que me fez falta nesta: além de exercitar o corpo, esses são momentos em que a minha cabeça fica mais livre. Ou eu uso esse tempo para tentar resolver os problemas ou eu uso para simplesmente pensar em nada. É como se fosse o meu tempo de meditação.
Na nossa sempre corrida rotina – trabalho-casa-filhos-família – nem sempre conseguimos um tempo para uma academia, para meditar. Então minha sugestão é: aproveite uma pequena distância e caminhe. Um pouquinho a cada dia, todo dia.
Faz bem para o corpo – não dizem que a falta de caminhada é um dos motivos da queda na qualidade de saúde da população? – e também para a mente.