Fringe: Reciprocity (03×11)

Eu confesso que fiquei bastante perturbada com esse episódio, com a ideia de que Peter está externalizando o seu lado negro.

Se avaliarmos com cuidado, ele sempre o personagem mais internalizado, com menos nuances, o que falava menos e, presumidamente, sentia menos. Então não é surpresa que seja ela a desenvolver esse lado negro, daí o fato de eu ficar perturbada, mas não surpresa.

Walter fala que tal reação decorre da reciprocidade entre Peter e a máquina, decorre do fato de que, a cada relação, deixamos um pouco de nós e carregamos um pouco do outro. E talvez seja isso, mas eu apostaria mais no fato de que Peter era um copo prestes a transbordar, o que acaba acontecendo quando ele reencontra a máquina e vê seu nariz sangrando.

Fiaes, velho amigo que revisa Fringe para o Teleséries, tem uma outra teoria, de que esse lado de Peter talvez seja o grande responsável pela ligação de Peter e FalsOlivia (sim, trocarei BOlivia por FalsOlivia, porque este segundo é bem mais legal). E acho que ele tem sua razão sim. Principalmente se avaliarmos que, quando os dois se conheceram, Peter estava terrivelmente perturbado pela ideia de ter passado sua vida num mundo e numa família que não eram seus de verdade.

Outro ponto que Fiaes coloca é que Peter pode simplesmente estar encarando isso como uma guerra e que na guerra tudo vale. Eu acho que é mais pessoal: Peter quer respostas, diria até que ele quer respostas para perguntas que ainda nem foram colocadas em palavras, como o fato da máquina ser diretamente ligada a ele. Pensem: em teoria Walternativo descobriu sobre esse outro mundo por conta do sequestro de Peter. Então por que ele colocaria o DNA de Peter na máquina? Tanto é que ele mata os metamorfos atrás de seus “hard drives”.

De resto, Walter estava brilhante, mesmo quando descobre que seu filho é o assassino – certeza de que ele vai acabar dando com a língua nos dentes e será com a Olívia – ou quando acaba influenciado pelo DNA de chimpanzés. Falando nisso: o que Bell estava pensando quando começou a estudar a recomposição do cérebro de Walter? Será que ele já antecipava a necessidade de deixar as duas versões do cientista em pé de igualdade para evitar que o pior acontecesse?

A única certeza: Fringe só melhora.

Ah, o Observador? Na cena em que a equipe chega para investigar os tais peixes mortes por conta do metamorfo assassinado, bem atrás do carro da polícia. Coloco a imagem aqui assim que o WordPress cooperar comigo…

Escrito por Simone Fernandes

Formada em contabilidade, sempre teve paixão pela palavra escrita, como leitora e escritora. Acabou virando blogueira.

Escreve sobre suas paixões, ainda que algumas venham e vão ao sabor do tempo. As que sempre ficam: cinema, literatura, séries e animais.

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