Law&Order Criminal Intent: Inhumane Society e Three-In_one (09×15 e 09×16)

Bom, começamos pela explicação: quando eu publiquei o review de Palimpsest (09×14) aqui eu tinha certeza de que o episódio havia sido exibido pelo canal AXN, conforme constava de seu release para a imprensa e de seu site. Naquela semana eu acabei não conseguindo ver o episódio e assisti no feriado o arquivo baixado.

Fiquei surpresa quando nos comentários citaram o fato do canal ter exibido uma reprise e mais surpresa ainda fiquei na quinta-feira, quando o canal seguiu com a exibição dos episódios seguintes, encerrando a nona temporada na última semana.

Entrei em contato com o canal perguntando sobre o ocorrido, mas até o momento eles nada me responderam. Fiquei com a impressão de que eles nem ao menos se ligaram da comida de bola – diferente do que aconteceu quando optaram por não exibir um episódio de Criminal Minds, quando a não exibição foi proposital.

Acho uma pena que isso tenha acontecido, principalmente porque, apesar de fora do padrão, Palimpsest (09×14) foi um ótimo episódio da série.

Dito isto, vou falar um pouco dos dois últimos episódios, pedindo desculpas pelo review de Inhumane Society (09×15) não ter saído antes – estava a espera de uma resposta do canal quanto ao episódio anterior.

Eu não achei Inhumane Society um grande episódio. Mas ele teve a participação de Dan Lauria como Salvatore Biaggi e isso até vale um ingresso, não é mesmo? Achei irônico logo no começo do episódio, quando Nichols e Stevens discutem o caso com a chefe e eles concluem que este é um caso para a divisão – parece até que estavam respondendo as constantes reclamações dos fãs de que a dupla andou investigando muito homicídio simples nesta temporada.

Eu não sei se a justificativa deles me convenceu, na verdade toda a história de que o rapaz teria sido libertado por influência de alguém grande não desceu muito redonda, mas o episódio até que funcionou bem, apesar de, de novo, o final ser bastante previsível.

Motivos? Dan Lauria era a participação mais especial e, no final das contas, ficava claro o quanto ele desejava que o rapaz conquistasse o que ele não conquistou – na verdade achei o roteiro bastante semelhante a outro de Law&Order e isso não ajudou muito.

Longe de ser um grande episódio, Inhumane Society perdeu muito ao ficar em meio a dois episódios bem acima da média.

Então, para encerrarmos aquela que pode ser a última temporada da série, cuja renovação ainda não foi confirmada, temos Three-In-One, trazendo uma participação especial de peso: F. Murray Abraham como Dr. Theodore Nichols, um personagem também de peso, já que este Five a assombrar a mente do detetive Nichols.

Eu achei muito interessante a ideia do criminoso ter múltipla personalidade, e gostei de ficar surpresa com esse desenvolvimento, que só peguei ao mesmo tempo que Nichols.

A química entre pai e filho foi absolutamente deliciosa, por mim a gente exigia já vários episódios dos dois trabalhando juntos. Por conta disso eu nem ligo muito da investigação ter sido rápida demais, o que nos permitiu mais tempo dos dois juntos na telinha.

Falando dos dois juntos: nada mais justo e adequado que Theodore passe a enxergar seu filho com outros olhos depois de ajudá-lo a resolver o caso. Eu achei excelente a conversa dos dois no café, a aceitação tácita, ainda que silenciosa.

Esta nona temporada de Criminal Intent me surpreendeu, como eu disse antes eu não esperava nada após a saída de Vicent D’Onofrio, mas seu encerramento não ficou a altura do que ela prometia em seu início.

Não sei se agora teremos uma décima temporada, eu torceria para uma despedida da equipe, uma temporada mais curta como tem sido cogitado, mas acho que estou naquele momento com a série em que eu também não ficaria tão triste com seu cancelamento.

Como se aquele sorriso de Nichols no café tivesse valido como despedida.

Escrito por Simone Fernandes

Formada em contabilidade, sempre teve paixão pela palavra escrita, como leitora e escritora. Acabou virando blogueira.

Escreve sobre suas paixões, ainda que algumas venham e vão ao sabor do tempo. As que sempre ficam: cinema, literatura, séries e animais.

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