Roupas: diferença entre gasto e investimento

Casaco: Beluga / Camiseta: Hering

Calça: Levis / Tênis: Converse

Gato: Provolone (by Adote Um Gatinho) e um na parede da Zellig

Quando a gente olha o preço de algumas peças de roupa é fácil assustar, ainda mais as de inverno – ainda mais se considerarmos que este é o primeiro inverno digno do nome que temos em anos. Nessa hora dá até desânimo e é fácil desistir de comprar algo muito caro.

Aí é importante pensar se uma compra é simplesmente um gasto ou um investimento. Gasto, para mim, é aquele com peças que vão durar pouco, são modinha ou que você irá usar pouco. Investimento é gastar com uma peça que vai com tudo e que você vai usar muito.

Até pouco tempo atrás, confesso, eu não me animava muito a comprar peças de inverno, afinal, aqui em São Paulo, era fácil passar pelos dias mais frios com umas duas blusas mais finas sobrepostas. A última frente fria me fez tirar do armário jaquetas que eu já não usava há mais de sete anos, e a última vez em que havia usado tinha sido em passeios em Monte Verde ou Campos do Jordão.

E também me convenceu a buscar por peças mais pesadas que pudessem durar por tanto tempo também.

A última aquisição foi esse casaco, de uma loja de malhas que você encontra em qualquer shopping. Ele não foi caro demais, mas foi mais caro do que me acostumei a gastar com peças de inverno nos últimos anos. Quando olhei ele na vitrina da loja tive a certeza de que posso usá-lo de diversos jeitos – hoje foi com jeans e tênis, mas deve ficar lindo com legging e bota – e com apenas uma camiseta por baixo ou com uma blusinha  mais quentinha, ou seja, em diversas fases do inverno.

Aí foi investimento.

Escrito por Simone Fernandes

Formada em contabilidade, sempre teve paixão pela palavra escrita, como leitora e escritora. Acabou virando blogueira.

Escreve sobre suas paixões, ainda que algumas venham e vão ao sabor do tempo. As que sempre ficam: cinema, literatura, séries e animais.

2 Comentários


  1. eu vejo minhas roupas como investimento em 90% dos casos (reservo uns 5% para camisetas básicas pra sobreposições e outros 5% pra coisinhas divertidas q eu não me importo de comprar de locais de baixa qualidade). mais ainda: vejo como peças de colecionador mesmo. pra mim, tem que durar bastante, e se eu tenho q passar adiante depois de míseros três anos, eu acho q fracassei na compra. outro dia fiquei desolada ao constatar q não tava mais conseguindo usar uma camisa q eu adoro, comprada em 2007, e isso porque ela não cai mais direito em mim. ela não cai mais direito em mim por causa de uma plástica q mudou todo o meu tipo físico, mas ainda assim sofri. tô com ela guardada ainda porque quero pensar em alguma remodelação no modelo dela pra continuar aproveitando, vamos ver.

    e quando a gente vê roupa como investimento, para de vez de se preocupar com o valor “alto” que ela pode ter, porque sabe q a vida útil é longuíssima. mas somos exceções, Si. e vou te dizer q eu acho q tem gente q gosta exatamente de comprar as versões mais baratinhas e mal-feitas de roupas e sapatos pra justamente poder trocar bastante, não ter sempre aquela cara “ah, nunca faço compras”. eu tenho um puta orgulho de dizer q uso as mesmas botas há quinze anos, mas tem gente q se acha demodê por usar uma do ano passado 😛 fazer o q?

    não tenho apego a quase nada no mundo, mas aos meus itens de coleção (roupas, sapatos, livros, DVDs), eu tenho e muito!

    beijo!

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    1. Eu também acho que a gente é excessão Fer: todo dia alguém arregala o olho quando eu falo o preço de uma bolsa ou um sapato. Eles preferem comprar aquelas milhares de sapatilhas de 20,00 e seis meses de uso, uma de cada cor.

      Eu ainda prefiro ter uma bota só, mas ser a bota, ou uma jaqueta só e ser a jaqueta.

      Também sou apegada com tudo que tenho, o primeiro cômodo pronto em casa foi uma biblioteca. Tenho milhares de livros, alguns de infância, e não consigo me desfazer, eles fazem parte da minha história.

      beijos

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