Dia Mundial da Água

Estou longe de ser uma pessoa ecológica. Eu sou uma pessoa prática mesmo.

Há dez anos atrás eu já usava sacola retornável porque não entrava na minha cabeça essa idéia de pegar trocentas sacolinhas plásticas para carregar as compras e depois jogar fora – na verdade eu usava umas caixas de plástico desmontáveis, que me acompanham até hoje.

Em casa tudo foi muito simples: quando casei foi comprado só um jogo de pratos. Toalhas e lençóis? Dois jogos cada, enquanto um lava o outro está na cama. Usados até a exaustão duraram quase oito anos, tendo sido trocados recentemente, sendo que um dos jogos de lençol ainda nem foi trocado.

Uma pena que eu ainda não consiga ser uma consumidora consciente de roupas, adoro vestidos e tenho vários, mas também não sou uma gastadora louca, então todos os anos eu retiro do armário tudo que não usei no ano anterior e passo adiante. Só quando tenho espaço livre é que compro algo novo. Na verdade, nos últimos anos eu uso a técnica do cabide: não compro cabide de jeito nenhum, se uma nova roupa chega e precisa de cabide, uma antiga vai ter de ir embora.

Com sapatos eu já dei um jeito no consumismo: tenho poucos e uso até acabar com eles.

Eu sou aquela pessoa que ficaria imensamente feliz se refrigerante voltasse a ser vendido em garrafa de vidro – além de diminuir a quantidade de lixo produzida, o sabor da bebida é muito melhor.

Ano passado a escola da Carol teve uma idéia ótima: a criançada saiu pelas ruas de Perdizes e Pompéia levando nas mãos pequenos saquinhos plásticos cheios de água.

Enquanto entoavam a conhecida canção de Guilherme Arantes, distribuíam os saquinhos nos faróis com mensagens como: água é um presente da natureza e de presente a gente precisa cuidar.

Neste ano não sei o que vão aprontar, mas a Carol saiu de casa toda feliz acompanhada do livro Criança Ecológica, presente gentil que a Cintia Costa, membro do Ecoblogs,  despachou lá para casa na sexta-feira (dia de presentes legais!!) e que foi lido à beira de piscina no sábado por Carol e uma amiga.

Acho que a gente não precisa ser panfletário ou xiita, acho apenas que uma vida simples também fica bem mais fácil e é isso que eu tento ensinar para minha filha. Não é questão de ecologia, é de lógica: para que desperdiçar recursos se não faço isso com dinheiro ou saúde?

Escrito por Simone Fernandes

Formada em contabilidade, sempre teve paixão pela palavra escrita, como leitora e escritora. Acabou virando blogueira.

Escreve sobre suas paixões, ainda que algumas venham e vão ao sabor do tempo. As que sempre ficam: cinema, literatura, séries e animais.

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