Esse sim foi um episódio digno de nota. Adoro quando mortes estranhas são acompanhadas de passados mais ou menos atormentados e personagens interessantes.
Assim como adoro quando Brennan e Booth encontram motivos para discutir religião, fé, crença. É engraçado, em primeiro lugar, porque Brennan tenta sempre tenta discutir de forma lógico algo que é totalmente ilógico. Fé é aquela coisa de: você tem ou não tem. E, por mais isenta que uma pessoa se apresente, ela sempre vai achar a sua fé mais correta que as demais.
Para Booth tudo que se relaciona ao universo Católico tem sentido e todo o resto é estranho, aceitemos ou não. E, no caso em questão, juntamos o fato de uma pessoa se posicionar contra algo ao próprio fato dos Amishs aguçarem nossa curiosidade e nossa incompreensão: como entender pessoas que abidicam de tudo, de todo o conforto moderno, simplesmente porque acham que isso é o correto e ponto?
Saindo do campo maior de discussões tão filosóficas: adorei a investigação e suas reviravoltas, descobrir o talento do menino, sua descoberta de um mundo de possibilidades e sua desistência de forma tão simplificada. Simples o bastante para que alguém de fora não consiga entender e acabe por colocar suas necessidades como mais importantes.
Adorei Cam tendo de enfrentar a questão de adolescentes e sexo, principalmente quando Angela pede que ela lembre de quando ela era adolescente e ela quase desmaia em pleno laboratório. Finalmente, adorei Booth com seu jeitão todo de agente do FBI e ex-atirador de elite para cima do próprio rapaz, se colocando na posição de protetor da moça.
Mas adorei, acima de tudo, Brennan e Booth mostrando aos pais do menino o vídeo dele tocando. Oferecendo algum conforto quando nada mais importa – e, provavelmente, se eles fossem desse mundo de cá, eles talvez não dessem tanta importância para aquele pequeno momento.
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a um tempo atrás, não me lembro bem se foi em L&O ou outra série policial, em que o assunto era aborto, mas me lembro da defesa em Pró-Vida pois indagavam se aquele bebe não poderia ser o cientista a descobrir a cura do cancer ou ser um grande lider capaz de promover a paz ou gênio da música, ou seja, alguém capaz de fazer coisas maravilhosas para a vidas de milhões de outras pessoas
agora devem estar me perguntando, e daí ?
o mesmo se aplica a pessoas que acabam desistindo dos mesmos feitos em prol da religião
e por vezes vivendo vidas tristes ou revoltadas que terminam por gerar ódio
sei que é difícil o questionamento religioso e o episódio me deixou muito pensativa sobre isso
eu só me lembro de uma série em que o personagem em seu momento de angustia/dor/dúvidas procurou a religião e encontrou o equilíbrio e respostas para sua vida e sua alma, e pasmem foi no seriado Numb3rs e com o Don Epps, foi perfeito como os roteiristas usaram todo o caminho para a religião para que o personagem encontrasse o que lhe faltava sem ser piégas ou clichê
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Gosto quando a série questiona crenças, quando Booth defende sua fé incondicionalmente e quando, apesar de diversos pontos de vista, a série apenas levanta questões para nós pensarmos.
Este episódio foi diferente, triste e belo: a cena em que é mostrado o vídeo do menino tocando piano aos pais é belíssima em sua simplicidade.
Definitivamente, eu estou adorando a volta de Bones!