Derek e Meredith, Cristina e Owen indo comemorar o dia dos namorados? É claro que não ia acabar bem – para alegrias das duas estranhas amigas. Tragédias em datas especiais são a cara de ER, ops, estamos falando de Grey’s Anatomy.
De qualquer forma, parece que o seriado também resolveu abusar desses eventos quando precisa criar um climão entre os funcionários do hospital. Além disso, nada como colocar um grande problema no meio do caminho de Derek para que ele confirme que, bem, nasceu para ser cirurgião e não se preocupar com entrevistas e assuntos administrativos.
No fim das contas, noves fora dos paralelos entre a vida dos pacientes e dos cirurgiões, o episódio funcionou como poucos: Bailey descobrindo um novo interesse amoroso e falando tudo que pensa para Arizona na cirurgia, Sloan filha maluca partindo e deixando um Sloan frustrado para trás, Little Grey linda e loira (ela tinha tudo aquilo de cabelo mesmo?), Meredith tendo de lidar com sua nova situação de Senhora Shepherd e Teddy tentando recuperar seu melhor amigo e sua dignidade também.
Gostei da história da mulher, seu marido e o garçom, principalmente porque saiu do lugar comum, sem escolher o caminho fantasioso de um amor impossível e optando pela história da escolha consciente, uma vida em comum que pode não parecer apaixonada pela falta de romance, mas que pode ser muito rica.
Parenteses: só li o caderno de televisão do Estadão do domingo passado ontem e então nem pude comentar a pisada de bola de Ethienne Jacintho, jornalista do veículo. Em uma coluna dedicada ao seriado, do qual ela diz ser fã, ela erra ao dizer que Cristina Young, ao escolher a cirurgia em lugar de Owen, repetiu o feito de ter abandonado Burke no altar. Detalhe: foi Burke quem largou Cristina. Ah, a Cristina do seriado também não tem “h” no nome.