The Good Wife: Crash, Conjugal e Unorthodox (01×05, 01×06 e 01×07)

Eu demorei, eu sei. mas estou colocando ordem na casa e Julianna Margulies ganhando o Globo de Ouro ontem só serve de incentivo para falar do ótimo The Good Wife – apesar de que, ficar acordada até as duas da matina para acordar as seis no dia seguinte é o tipo de coisa que ninguém merece.

Muita gente pode ter considerado o prêmio não merecido. Outros podem considerar uma desforra pelos prêmios merecidos que ela não ganhou em anos de E.R. Eu simplesmente acho que a atriz conseguiu dar a sua Alicia consistência, simpatia e força na medida certa. Ela é uma mulher que precisa recomeçar sobreviver, mas da qual você não sente pena, para a qual você torce intensamente pelo sucesso.

Em Crash Alicia têm de correr para conseguir penalizar os verdadeiros culpados pelo acidente do trem. No meio do caminho tem de aguentar a hostilidade de Cary, a desconfiança de Diane, a sogra mandona, o sofrimento das viúvas, advogada contrária e suas dores de gravidez sempre em horários estratégicos e, finalmente, ter de confrontar alguém e colocar seus segredos em público, assim como fizeram como os dela.

Conjugal é um episódio um pouco mais fraco, mais focado nas dificuldades de Alicia com a possível libertação de Peter. Alicia mostra ser uma pessoa íntegra, mas isso não bloqueia seus sentimentos. Ela não deixará o pai de seus filhos desamparado, mas também não sabe lidar com o fato de que ainda não o perdoou. Apesar de querer continuar tendo o foco na retomada de Alicia confesso certo desapontamento com a virada no caso de Peter e por, consequentemente, ele continuar na cadeia.

Unorthodox é o meu episódio preferido até aqui. A escolha de Alicia para defender o caso da filha do sócio farreiro do escritório tem um misto de sorte e azar: Will pensa que assim conseguirá um aliado para a escolha de Alicia como advogada júnior. Diane acredita que ela não conseguirá se sair bem e assim ganha mais um voto para ficar com seu queridinho Cary.

Apesar da impressão de que Diane não gosta de Alicia, quem sabe decorrente de colocarem as duas em lados “opostos” logo no primeiro episódio, no fundo eu fico pensando que uma mulher como ela não é boba. Por mais que ela se sinta ameaçada pela nova advogada, ela sabe que esta é competente, bem mais que Cary, com certeza. A questão é como ela pesará essas duas coisas na balança.

No episódio os roteiristas ainda brincam um pouco mais com os sentimentos de Alicia: primeiro em função de sua atração óbvia pelo advogado com quem acaba dividindo a defesa, Ryan, com quem acaba se decepcionando pela mentira com relação a ser ou não um advogado de verdade. A decepção de Alicia só é maior por conta do risco em que ele colocou o caso dela, mas deve ter passado por sua cabeça o fato dela ter se interessado por alguém com segredos, mesmo que esses sejam menores.

Mas, do episódio, fica o carinho grande pelo casal central, pela mudança que a garota realizou em sua vida por amor, pela decepção que o marido sofre ao saber da mentira e, finalmente e mais importante, por ainda encontrarem apoio um no outro após a vitória no tribunal.

Em paralelo a tudo isso, ficam os filhos de Alicia e Peter, recebendo mais informação do que poderiam digerir e, provavelmente, se metendo em confusão. Quando vejo o que o menino está fazendo só consigo pensar: por que ele não procura o advogado do pai, oras?

Escrito por Simone Fernandes

Formada em contabilidade, sempre teve paixão pela palavra escrita, como leitora e escritora. Acabou virando blogueira.

Escreve sobre suas paixões, ainda que algumas venham e vão ao sabor do tempo. As que sempre ficam: cinema, literatura, séries e animais.

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