Three Rivers: The Luckiest Man (01×07)

Three Rivers The Luckiest Man S01E07

Em meu review do episódio The Big Wheel de Criminal Minds eu havia comentado o quanto algumas pessoas haviam esperado pelo episódio em função da participação de Alex. Pois eu fiquei esperando por este episódio de Three Rivers louca de saudades de Mandy Patinkin – coisas da vida, ironia do destino.

Mandy Patinkin, para quem não conhece, trabalho em Chicago Hope, tendo saído do seriado para ser tratado de um câncer, retornou em grande estilo em Dead Like Me, precocemente cancelada, e depois deu show em Criminal Minds como o obscuro Gideon, agente do FBI que deixa o escritório em função de um caso e acaba retornando quando solicitado.

Mandy saiu após a terceira temporada do seriado e muitos consideram que o seriado melhorou por causa dele, outros acham que o seriado piorou. Eu só acho que se tornou um seriado diferente. O personagem tinha uma aura muito particular e mudava a dinâmica da série. Eu continuo adorando Criminal Minds, acho que esta temporada está excelente, mas sentia saudades de ver Mandy na telinha.

Talvez por isso esse não seja exatamente um review de Three Rivers, mas um texto para Mandy.

Não que o episódio tenha sido ruim, longe disso. O show que Mandy deu na tela ao interpretar um homem que, depois de anos enfrentando uma doença incapacitante e sem cura, vê sua pouca liberdade ser tomada e, ainda assim, encontra um propósito nobre em sua vida, só poderia ter gerado um excelente episódio.

Mas é um texto sobre Mandy por causa desse mesmo show que ele deu: a voz, os trejeitos, as expressões de seu rosto. Ele conseguiu ser essa outra pessoa tão diferente de seus papéis de protagonista na televisão que não tem como não ficar impressionado.

Some-se a isso o encontro de seu personagem e o personagem de Kuol – como eu adoro o Kuol!! – e temos cenas memoráveis. O episódio conseguiu abordar um tema pesado – uma pessoa escolhendo morrer para ajudar outros – sem cair na pieguice. O roteiro conseguiu trazer a discussão sobre escolhas e limites, sobre a ética. E quando falo de ética não falo só sobre ética médica, sobre eutanásia, mas sobre ética humana.

Quando vi aquela mãe entrando no quarto dele acompanhada de sua pequena filha para lhe pedir seu fígado eu fiquei chocada, primeiro, depois pensei em minha filha e fiquei perdida. Quem sabe o que faríamos na mesma situação?

Uma pena que Kuol não tenha podido receber seu novo coração. Mas, num egoísmo meio besta, fico feliz que ele continue trazendo sua magia para os corredores daquele hospital.

Com tanta emoção rolando, sinto muito, mas nem liguei muito para a história do garoto que não quer ser internado preocupado com os irmãos menores. Só senti falta, para variar, de Miranda.

Poxa gente, no piloto que não foi ao ar ela deu um show, por que não aproveitar melhor sua personagem?

Escrito por Simone Fernandes

Formada em contabilidade, sempre teve paixão pela palavra escrita, como leitora e escritora. Acabou virando blogueira.

Escreve sobre suas paixões, ainda que algumas venham e vão ao sabor do tempo. As que sempre ficam: cinema, literatura, séries e animais.

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