Uma mesma história contada diversas vezes. Talentoso é aquele que nos faz acreditar que tudo é novo e nos faz pensar em como ela acabará dessa vez. Parabéns a Rick Dunkle que, pela primeira vez, escreve um roteiro para o seriado.
É isso que define Conflicted: garotos morrem em plena semana do saco cheio (semana do feriado de Ação de Graças quando as aulas são suspensas); a equipe do FBI é chamadas as pressas para descobrir quem é o serial killer e sua parceira; um garoto maltratado em sua infância é acolhido por uma linda mulher maltratada por alguns homens em sua vida parecem ser os suspeitos prováveis para os crimes.
Nada é o que parece: na verdade Adam, interpretado magistralmente pelo novato Jackson Rathbone, desenvolveu em sua juventude uma segunda personalidade, que o protegia do sofrimento causado pelo abuso de seu padastro.
Um episódio na medida para termos o destaque para Reid, para fazer com que o agente do FBI relembrasse quando quase morreu nas mãos de outro rapaz confuso (Episódios The Big Game e Revelations da segunda temporada), além disso, a óbvia empatia criada entre Adam e Reid só poderia gerar mais uma boa história.
Apesar do destaque para Reid, achei que todos os membros da equipe funcionaram muito bem na investigação, Morgan deixou de lado o que me irritava, Hotch foi um bom líder. Garcia fez as suas graças.
Quando temos interpretações tão boas e consistentes por parte de todos os atores envolvidos, normalmente podemos atribuir isso ao talento do diretor, no caso Jason Alexander, que retorna atrás das câmeras após participar de Masterpiece.
Mais uma vez fiquei surpresa com o desfecho: não reconheci na dona do hotel a assassina com quem Reid conversava no início do episódio, mas, ao invés de pensar em Adam como culpado, imaginei outra mulher surgindo na trama.
Mas, olhando agora, após o final do episódio, penso que toda a construção da história foi bem feita e adorei como retomaram os problemas de Reid, sem que fosse algo forçado ou falso. Um ótimo episódio, sem sombra de dúvida.